Manifestantes se reúnem em frente à Embaixada de Israel, em Brasília, em apoio à Flotilha para Gaza

A manifestação faz parte da agenda internacional de mobilização em apoio ao povo palestino.

13/09/2025 17:41

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Manifestantes se reúnem em frente à Embaixada de Israel, em Brasília, em apoio à Flotilha para Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

Na manhã do sábado (13), organizações solidárias de origem palestina promoveram uma manifestação em frente à Embaixada de Israel, em Brasília, em apoio à Flotilha Global Sumud para Gaza (GSF). O evento começou às 10h e contou com a participação de dezenas de indivíduos que criticaram o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza e manifestaram solidariedade à missão humanitária que se desloca pelo Mediterrâneo.

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A professora Muna Muhammad Odeh, residente no Brasil desde 1992 e docente da Universidade de Brasília (UnB), apontou três ações criminosas perpetradas por Israel: a limpeza étnica, com raízes a partir de 1948, caracterizada pelo deslocamento forçado sob a premissa de éxodo voluntário, atos de punição coletiva, como os bombardeios diários em Gaza visando a desestruturação da vida, e a imposição de fome.

A limpeza étnica, a aniquilação do povo palestino, seu deslocamento forçado, essa propaganda enganosa de saídas voluntárias é linguagem do imperialismo e compreendemos muito bem. Aqui na América Latina, entendemos essa linguagem colonial que desloca, que mata, que retira as fontes de vida e de dignidade do ser humano, afirmou a palestina, que é diretora do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes).

A luta do povo palestino contra o genocídio também se destacou durante a manifestação. “A nossa unidade, a nossa luta é o único caminho e o povo palestino nos ensina o exemplo que é resistir”, enfatizou Pedro Batista, membro do Comitê Antiimperialista General Abreu e Lima.

Todas essas mobilizações são fundamentais para garantir a chegada de toda a ajuda humanitária, alimentos e medicamentos que estão sendo transportados pela Flotilha, a maior missão humanitária marítima, com dezenas de embarcações, milhares de ativistas de diversos países e centenas que atuam no momento em sua tentativa de romper o cerco humanitário criminoso promovido pelo Estado de Israel, financiado por vários governos e entidades ao redor do mundo. Por isso, é fundamental que no Brasil se exija a ruptura imediata de todas as relações comerciais entre Brasil e Israel, afirmou Luiza Dovi, integrante do Faísca Revolucionária.

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Na manifestação, foram proferidas palavras de ordem em apoio ao povo palestino, solicitando o encerramento da ocupação israelense e a garantia do respeito ao direito internacional.

A Flotilha Global Sumud reúne mais de 20 embarcações e inclui delegações de 44 países, incluindo o Brasil. A missão visa romper simbolicamente o bloqueio ilegal imposto por Israel a Gaza e fornecer assistência humanitária à população palestina. Participam da iniciativa aproximadamente 20 ativistas brasileiros, entre eles os ativistas Thiago Ávila, Bruno Gilga Rocha, a vereadora de Campinas Mariana Conti (Psol), o coordenador do Fórum Latino Palestino Mohamad El Kadri, a educadora Carina Faggiani e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).

Membros da frota de ativistas e assistência humanitária para Gaza relataram que um de seus navios foi atacado na noite de terça-feira (9) próximo à Tunísia. A suspeita é de um ataque por drone, um dia após a ocorrência de um incidente semelhante. O primeiro ataque a uma das embarcações ocorreu na segunda-feira (8), quando um barco foi atingido por um drone em águas tunisianas.

Com informações de Sue Anne Cursino.

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Fonte por: Brasil de Fato

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