Manifestantes em São Paulo protestam contra feminicídio; estimativa de 9.200 pessoas. Protesto na Paulista com lemas e presença de políticos. Crise no Brasil: feminicídio e crimes recentes
Em diversas capitais, manifestantes se reuniram no domingo, 7 de dezembro de 2025, para expressar sua oposição ao feminicídio. O Monitor do Debate Político, da USP, e a ONG More in Common estimaram que cerca de 9.200 pessoas participaram da manifestação “Mulheres Vivas”, realizada na avenida Paulista, em São Paulo.
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Essa estimativa foi obtida através da análise de fotos aéreas utilizando software de inteligência artificial.
A equipe da USP utilizou um método para calcular o número de participantes. A contagem foi baseada em 12 fotografias, selecionadas em três momentos distintos: 14h30, 15h45 e 16h. As imagens cobriram toda a extensão do local, sem sobreposição. O software identificou automaticamente as cabeças das pessoas nas fotos, marcando cada indivíduo como um ponto.
A tecnologia, desenvolvida em parceria entre pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, e a empresa Tencent, utiliza um banco de dados de imagens de multidões da Universidade de Xangai e fotos brasileiras da USP.
Os participantes ergueram slogans como “parem de nos matar”, “nenhuma a menos”, “mulheres vivas” e “Lula 2026”. A manifestação contou com a presença de figuras como Erika Hilton e Guilherme Boulos (Psol), Eduardo Suplicy (PT), além da bancada feminista dos partidos Psol, PSB, CUT e outros movimentos de esquerda.
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Faixas com a mensagem “Lula 2026” também foram vistas durante o evento.
A manifestação ocorreu em resposta a uma série de crimes recentes relacionados ao feminicídio que chamaram a atenção da mídia. Entre os casos, destacam-se o assassinato da cabo do Exército, de 25 anos, em Brasília, com o corpo carbonizado em 5 de dezembro, e o ataque a uma mulher que sofreu mutilações após ser atropelada e arrastada na Marginal Tietê, em São Paulo, em 30 de novembro.
A mulher permanece em estado grave, necessitando de suporte respiratório. Além disso, houve o registro do feminicídio de funcionárias do Cefet-RJ.
Para garantir a transparência, o banco de imagens utilizado para a contagem da manifestação foi disponibilizado para consulta pública. Qualquer cidadão pode validar a contagem, incluindo a realização de uma contagem manual dos participantes.
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