Uma marcha anual em Santiago, em homenagem às vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), encerrou-se, neste domingo (7), com confrontos entre manifestantes e a polícia, além da detenção de pelo menos 17 indivíduos, segundo informações dos Carabineiros do Chile. O protesto ocorreu na véspera do 52º aniversário do golpe de Estado liderado por Pinochet, em 11 de setembro de 1973, em oposição ao governo do socialista Salvador Allende. Os participantes se concentraram nos arredores do palácio presidencial de La Moneda, no centro de Santiago, e avançaram em direção ao Cemitério Central, localizado a aproximadamente 4 km ao norte.
As autoridades informaram que, inicialmente, foram detidos 17 indivíduos, sem especificar se houve vítimas nos incidentes. Um dos detidos é um adolescente que transportava em sua mochila materiais inflamáveis, como coquetéis molotov, segundo a instituição policial.
Jornalistas da AFP relataram que a marcha contou com aproximadamente 2.000 pessoas e culminou no Memorial dos Executados Políticos e Presos Desaparecidos, um monumento histórico localizado no cemitério com os nomes das vítimas.
Encontros entre dezenas de indivíduos mascarados e membros da Carabina no domingo ocorreram próximo ao La Moneda, em cruzamentos de ruas, durante o trajeto da marcha e nas imediações do cemitério. Os grupos lançaram pedras, sinalizadores e bombas de motorina, enquanto a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água. A ditadura no Chile causou aproximadamente 3.200 mortos e desaparecidos.
Com informações da AFP
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Nícolas Robert publicou.
Fonte por: Jovem Pan