Ordem de Maduro é decretada como medida cautelar após postura da primeira-ministra de país aliado dos EUA.
A Venezuela interrompeu a colaboração para o desenvolvimento energético com Trinidad e Tobago. Essa decisão inclui a suspensão de projetos conjuntos de gás natural em andamento. O anúncio foi feito pelo presidente Nicolás Maduro, que classificou a ação como uma “medida cautelar”.
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Maduro fez o comunicado na segunda-feira (27), durante uma transmissão de televisão.
Segundo o comunicado, o Ministério do Petróleo e o conselho da estatal PDVSA apresentaram uma proposta para suspender um acordo de cooperação com Trinidad e Tobago, um país vizinho da Venezuela. A medida imediata abrange todos os aspectos do acordo energético com a nação caribenha, conforme declarado por Maduro.
“Analisei este relatório, aprovei a medida cautelar de suspensão imediata de todos os efeitos do acordo energético e de tudo o que foi acordado nessa área. É uma medida cautelar sobre a qual tenho autoridade como presidente e a aprovei e assinei.
Tudo está suspenso”, afirmou o líder venezuelano.
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Maduro criticou a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, que assumiu o cargo em 1º de maio. O governo venezuelano e o governo de Trinidad e Tobago estão em posições opostas.
A Venezuela possui o campo offshore Dragon, com uma reserva estimada em 4,2 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Em 2023, o regime venezuelano concedeu um contrato de 30 anos à Shell e à NGC (Companhia Nacional de Gás) de Trinidad e Tobago para produzir e exportar o gás do campo.
O gás extraído seria transportado por um gasoduto até Trinidad, onde seria processado e exportado como Gás Natural Liquefeito (GNL). O projeto visava beneficiar ambos os países. A colaboração foi iniciada no governo anterior, mas o novo governo de Trinidad e Tobago, liderado pela primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar, não tem sido visto como aliado pelo governo venezuelano.
O desenvolvimento do campo offshore Dragon enfrenta atrasos devido às sanções energéticas impostas à Venezuela pelos Estados Unidos em 2019. Para que a Shell opere no campo, a empresa recebeu autorização do governo americano. A situação tensa entre os EUA e a Venezuela, juntamente com o envolvimento da Colômbia e Trinidad e Tobago, representa um desafio para o projeto.
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