Maduro fecha embaixadas na Noruega e Austrália após tensões com os EUA
Governo sanciona nova medida após tensões com os EUA, que atacaram embarcações e em meio à premiação do Nobel da Paz ao líder da oposição.

Venezuela Fecha Embaixadas na Noruega e Austrália
A Venezuela anunciou, na segunda-feira, 13, o fechamento de suas embaixadas na Noruega e na Austrália. A decisão ocorre após um período de crescente tensão e incerteza, marcado por operações militares americanas em águas internacionais próximas à Venezuela, incluindo o afundamento de embarcações sob suspeita de envolvimento em tráfico de drogas.
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A Noruega e a Austrália são países com fortes laços com os Estados Unidos, um rival político e ideológico do governo de Nicolás Maduro. O país sul-americano planeja, em contrapartida, estabelecer embaixadas em Burkina Faso e Zimbábue, nações que considera parceiras estratégicas.
Críticas ao Prêmio Nobel da Paz
Maria Corina Machado, 58 anos, principal líder da oposição na Venezuela, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2025, em uma cerimônia ocorrida na sexta-feira, dia 10. Machado tem liderado a luta contra o regime do presidente Nicolás Maduro, que está no poder desde 1999 e enfrenta críticas internacionais devido a acusações de perseguição a opositores e fraude em eleições.
O Comitê Nobel justificou a escolha de Machado como vencedora do prêmio, destacando seu “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Realocação Estratégica
O governo de Nicolás Maduro afirma que o fechamento das embaixadas é parte de uma estratégia de realocação de recursos. A medida também inclui a abertura de embaixadas em Burkina Faso e Zimbábue, países que o governo venezuelano vê como parceiros estratégicos.
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O governo venezuelano descreve Zimbábue e Burkina Faso como “duas nações irmãs, aliadas estratégicas na luta anticolonial e na resistência contra as pressões hegemônicas”.
Tensões com os EUA
Desde meados de setembro, a marinha americana tem conduzido operações em águas internacionais próximas à Venezuela, afundando diversos barcos suspeitos de tráfico de drogas. Até o momento, quatro embarcações foram afundadas e 21 pessoas perderam a vida.
Os ataques fazem parte do que o governo de Trump denomina de “guerra contra as drogas”, embora Washington não tenha apresentado evidências concretas para sustentar suas alegações. A proximidade da presença militar americana à Venezuela tem gerado tensões e incertezas políticas, com Maduro acusando Donald Trump de tentar instigar uma mudança de regime e solicitando uma resposta da ONU.