Nicolas Sarkozy será preso na terça-feira (21) por suspeita de articular financiamento ilegal de campanha em 2007 com recursos da Líbia.
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou ter se reunido com o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy no Palácio do Eliseu, dias antes da sua entrada em uma prisão de Paris por associação criminosa. Sarkozy se tornará o primeiro ex-chefe de Estado francês a ser preso atrás das grades desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após ser condenado a cinco anos de prisão por manobrar para financiar ilegalmente sua campanha eleitoral de 2007 com dinheiro líbio.
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O encontro ocorreu na última sexta-feira, conforme confirmado por uma fonte do governo à AFP, e foi antecipado pelo jornal Le Figaro. Macron afirmou que, apesar de manter a independência da autoridade judicial, é natural que receba um antecessor no cargo.
A condenação de Sarkozy gerou polêmica devido às suas críticas sobre a determinação da justiça em determinar sua entrada na prisão antes do recurso. Nas semanas anteriores, suas críticas à suposta politização dos juízes contra ele ganharam apoio da extrema direita, forçando Macron a defender a justiça.
O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, que é mentor político de Sarkozy, visitou-o após a condenação e declarou que a situação não afeta a independência judicial. Ele enfatizou a importância de preservar a presunção de inocência e o direito a recorrer.
Sarkozy planeja entrar no presídio “de cabeça erguida”, conforme declarado ao jornal Le Figaro, e levar consigo uma biografia de Jesus e o livro “O Conde de Montecristo”. Ele tem 70 anos e seus advogados podem solicitar sua liberdade condicional assim que entrar na prisão.
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