Novas medidas incluem técnicos em cargos de destaque para tentar solucionar crise política no Brasil.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a formação de um novo governo, liderado pelo primeiro-ministro de centro-direita, Sébastien Lecornu. A medida busca estabilizar o cenário político em crise no país, após a breve gestão do anterior gabinete. A nomeação destaca a inclusão de profissionais com perfil técnico, em uma tentativa de superar a instabilidade política recente.
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O principal objetivo do novo governo, conforme declarado por Lecornu na rede social X, é “dar um orçamento à França antes do fim do ano”. A missão primordial é apresentar rapidamente um orçamento para 2026 que obtenha maioria na Assembleia Nacional e permita equilibrar as contas públicas, que em junho atingiram um nível de endividamento de 115,6% do PIB. O gabinete é composto por 34 membros, descrito como uma “mistura de sociedade civil com perfis experientes e jovens parlamentares”, visando “fazer surgir novos rostos”.
Apesar da nomeação, a estabilidade do governo é incerta, com a oposição de extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, já anunciando a apresentação de uma moção de censura. A oposição de esquerda também ameaça derrubar o governo, com exceção dos socialistas, que preferem aguardar o discurso de política geral de Lecornu. A líder da A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), Mathilde Panot, ironizou na rede X: “Um conselho para os recém-chegados: não desfaçam suas caixas muito rápido”.
Entre os “novos rostos” políticos, destacam-se Laurent Nuñez, ex-prefeito de polícia de Paris, agora ministro do Interior, e Jean-Pierre Farandou, chefe da companhia ferroviária nacional SNCF, que assume o Ministério do Trabalho. Outros perfis técnicos incluem Édouard Geffray (Educação Nacional) e Monique Barbut, ex-presidente da ONG ambientalista WWF (Transição Ecológica). Permanecem no governo figuras políticas de peso como o chanceler Jean-Noël Barrot e o ministro da Economia, Roland Lescure, além de Gérald Darmanin (Justiça) e Rachida Dati (Cultura).
O primeiro Conselho de Ministros foi convocado para terça-feira, já que Macron viajará ao Egito na véspera para apoiar o acordo de cessar-fogo em Gaza. Lecornu pediu que os membros de seu gabinete não tivessem ambições presidenciais para 2027, ano em que Macron não poderá se candidatar.
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