Emmanuel Macron alerta China sobre déficit UE-China e busca soluções. Presidente francês expressa preocupação com o déficit comercial de €300 bilhões em 2024
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou preocupações à China sobre o crescente déficit comercial entre a União Europeia e o país asiático. A declaração foi feita após uma visita de três dias à China, em meio a um déficit comercial europeu de mais de €300 bilhões em 2024, um ponto de atenção para os governos europeus.
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Macron propôs aos líderes chineses uma agenda de cooperação que envolvia o aumento dos investimentos chineses na Europa. Ele enfatizou que, caso Pequim não respondesse às preocupações da União Europeia, o bloco poderia considerar medidas semelhantes.
O presidente francês discutiu o assunto com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destacando a importância da iniciativa para a indústria europeia, que enfrenta concorrência e o impacto das tarifas americanas.
Macron reconheceu a dificuldade em formar uma frente unida na Europa, especialmente devido à resistência da Alemanha. Empresas alemãs temem retaliações chinesas, embora Berlim esteja começando a reconhecer os desequilíbrios comerciais que afetam também a economia alemã.
O presidente francês explicou às autoridades chinesas que o superávit comercial com a Europa é insustentável, observando que a China “está matando seus próprios clientes” ao limitar a importação de produtos europeus. O aumento do fluxo de produtos chineses pressiona a indústria europeia, particularmente nos setores automobilístico e de máquinas.
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Macron avaliou que a Europa se tornou um “mercado de ajuste” entre as duas maiores potências econômicas, considerando essa situação o “pior dos cenários”. Ele enfatizou a necessidade de a União Europeia reagir com políticas de competitividade, simplificação regulatória e investimentos em inovação.
Macron defendeu a implementação das recomendações do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sobre competitividade. Entre as medidas, propôs uma política monetária ajustada, a conclusão da união aduaneira e mecanismos de segurança econômica europeia.
Ele também sugeriu que a China direcione investimentos para setores estratégicos da UE, como baterias, refino de lítio, energia eólica, placas solares, veículos elétricos e reciclagem, desde que esses investimentos não sejam “predatórios”.
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