Relatório de Derrite e a Estratégia Governamental na Câmara
Auxiliares do presidente Lula e integrantes da base governista informaram à Jovem Pan que a bancada da Câmara havia considerado votar favoravelmente ao relatório apresentado por Guilherme Derrite, visando evitar tensões e desgastes políticos. Contudo, o próprio presidente Lula instruiu a votar contra o parecer, o que frustrou a tentativa de minimizar o impacto da derrota.
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Inicialmente, a estratégia da bancada do governo e do PT durante a votação de terça-feira foi propor um requerimento para retornar ao texto original do Ministério da Justiça. Após a rejeição da proposta, os governistas avaliaram que o apoio ao relatório de Derrite seria a melhor opção, mas a decisão final veio da orientação contrária dada por Lula.
Figuras do Palácio do Planalto e da liderança do PT agora analisam os possíveis prejuízos que o governo pode sofrer em relação à narrativa sobre segurança. Um aliado do presidente declarou que a “luta será ingrata” nas redes sociais e que o governo “perderá feio” a disputa sobre o tema.
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Apesar disso, os petistas planejam enfatizar que a Câmara votou em favor da proteção dos “mais poderosos”, buscando novamente um desgaste do Centrão. Os governistas argumentam que o texto aprovado enfraquece a Polícia Federal.
No entanto, o relator Guilherme Derrite redirecionou os recursos das operações para o Fundo Nacional de Segurança Pública, ao qual a Polícia Federal tem acesso. Uma das reclamações do governo era que o primeiro parecer previa apenas o direcionamento de verbas para polícias estaduais.
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Os governistas consideram que o governo investirá em modificações na proposta que possam ser feitas no Senado. Contudo, qualquer alteração levará o texto de volta para a Câmara dos Deputados.
