Alegação de abuso de direitos humanos é revertida: ministro Alexandre de Moraes sai de lista Magnitsky. Elogios de Lula e críticas a Eduardo Bolsonaro.
A administração de Donald Trump removeu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, Viviane Barci, da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. Essa decisão encerrou um caso incomum na relação entre os Estados Unidos e o Brasil, recebendo elogios de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Inicialmente, Moraes foi incluído na lista em julho, sob alegações de “abuso de direitos humanos”, apresentadas pelo então secretário de Estado, Marco Rubio. Essa medida permitia o bloqueio de bens nos EUA e restringia operações financeiras envolvendo o magistrado, o que impactou o uso de um cartão de crédito americano por ele mantido no Brasil.
A empresa da família, o Instituto de Estudos Jurídicos Lex, também estava sujeita a sanções.
A revogação da sanção ocorreu em meio a um processo de aproximação entre Trump e Lula. Os dois presidentes conversaram sobre o tema no início de dezembro, após um período de tensão causado pelo aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, que Trump justificou como resposta a supostas injustiças contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No ambiente digital, membros do governo e apoiadores de Lula celebraram a remoção das sanções como uma vitória diplomática do presidente e um revés para o bolsonarismo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou que a medida representa “uma grande vitória do Brasil e do presidente Lula”, qualificando-a como “uma grande derrota da família de Jair Bolsonaro”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido de Lula na Câmara, afirmou que a decisão dos EUA simboliza “vitória da soberania e da democracia”, além de reforçar a independência do Judiciário brasileiro. Ele reiterou a acusação de que Eduardo Bolsonaro tentava pressionar o STF por meio de canais internacionais, e ressaltou que o episódio demonstra quem defendia os interesses do Brasil e quem o confrontava.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) também comemorou a revogação e criticou Eduardo Bolsonaro. Segundo ela, a sanção internacional era “uma das únicas esperanças” do deputado para conseguir anistia para Jair Bolsonaro, atualmente preso.
Em tom crítico, afirmou que o deputado “não exerce qualquer poder político” nos Estados Unidos e “se esconde da Justiça brasileira”.
A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou a inclusão de Moraes na Lei Magnitsky como “imposição imperialista” e ironizou seus opositores políticos, que, segundo ela, estariam “chorando em posição fetal”.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!