Lula propõe “mudança estrutural” no crédito imobiliário, aponta Poder360

Equipe econômica busca expandir oferta de crédito sem elevar juros, buscando equilíbrio no mercado financeiro.

10/10/2025 15:36

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Lula propõe “mudança estrutural” no crédito imobiliário, aponta Poder360
(Imagem de reprodução da internet).

Novo Modelo de Crédito Imobiliário Promete Transformação na Economia Brasileira

A equipe econômica do governo Lula anunciou nesta sexta-feira (10.out.2025) a implementação de um novo modelo de crédito imobiliário, caracterizado como uma “mudança estrutural” na economia brasileira. A iniciativa visa ampliar o acesso à casa própria com juros competitivos, especialmente para a classe média, combinando recursos da poupança e de fundos de mercado.

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Anúncio e Participantes

O anúncio foi feito em São Paulo, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Reações e Objetivos

Gabriel Galípolo destacou que o crédito imobiliário é “um dos principais indicadores de força da economia” e que o novo modelo corrige limitações do sistema atual, que depende quase exclusivamente da poupança. “Hoje é um dia muito importante. É uma transformação estrutural na economia brasileira”, declarou Galípolo, enfatizando que foi o pedido do presidente Lula para toda a equipe.

Mudanças e Implementação

Fernando Haddad afirmou que a mudança encerra um ciclo no sistema de crédito iniciado em 2023, com programas como o Desenrola e o Acredita. “Estamos coroando a maior reforma do sistema de crédito da história do país”, afirmou. O modelo será testado ainda em 2025, e entrará plenamente em vigor em 2026.

Detalhes do Novo Modelo

O ministro da Fazenda afirmou que o novo modelo vai além de medidas pontuais, como liberar compulsórios. Segundo ele, o Banco Central apresentou uma mudança que vai canalizar os recursos mais baratos da economia, como os da poupança, para o crédito e para o consumo produtivo. O projeto já foi aprovado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

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Como Funciona

O governo chama o programa de “modernização da poupança” porque o novo modelo muda a forma como o dinheiro depositado é usado para financiar imóveis. Hoje, os bancos são obrigados a destinar 65% dos recursos da poupança para crédito habitacional – uma regra fixa. Com o novo modelo haverá: Transição gradual: obrigatoriedade deixa de existir gradualmente; começa em 2025 e será concluída em janeiro de 2027; Fim da obrigatoriedade: deixa de valer o direcionamento fixo de 65% da poupança para crédito habitacional; Oferta de crédito: os bancos poderão combinar recursos da poupança com dinheiro do mercado financeiro (como Letras de Crédito Imobiliário e Certificados de Recebíveis Imobiliários); bancos que não captam poupança poderão conceder crédito em condições equivalentes; Ampliação do limite: valor máximo do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões; Depósitos interfinanceiros: passam a ser usados para turbinar o crédito habitacional.

Impacto e Objetivos

Além de ampliação de crédito, trata-se de “modernizar o sistema brasileiro de empréstimos e poupanças”, segundo Alckmin. Lula destacou que o objetivo do plano é ampliar o acesso da classe média à moradia. “Tem trabalhador que ganha R$ 10 mil, R$ 11 mil e não consegue comprar uma casa. Esse programa foi pensado para essa gente, que não é pobre, mas também não tem crédito”, disse.

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