Lula propõe “mudança estrutural” no crédito imobiliário, aponta Poder360
Equipe econômica busca expandir oferta de crédito sem elevar juros, buscando equilíbrio no mercado financeiro.

Novo Modelo de Crédito Imobiliário Promete Transformação na Economia Brasileira
A equipe econômica do governo Lula anunciou nesta sexta-feira (10.out.2025) a implementação de um novo modelo de crédito imobiliário, caracterizado como uma “mudança estrutural” na economia brasileira. A iniciativa visa ampliar o acesso à casa própria com juros competitivos, especialmente para a classe média, combinando recursos da poupança e de fundos de mercado.
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Anúncio e Participantes
O anúncio foi feito em São Paulo, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Reações e Objetivos
Gabriel Galípolo destacou que o crédito imobiliário é “um dos principais indicadores de força da economia” e que o novo modelo corrige limitações do sistema atual, que depende quase exclusivamente da poupança. “Hoje é um dia muito importante. É uma transformação estrutural na economia brasileira”, declarou Galípolo, enfatizando que foi o pedido do presidente Lula para toda a equipe.
Mudanças e Implementação
Fernando Haddad afirmou que a mudança encerra um ciclo no sistema de crédito iniciado em 2023, com programas como o Desenrola e o Acredita. “Estamos coroando a maior reforma do sistema de crédito da história do país”, afirmou. O modelo será testado ainda em 2025, e entrará plenamente em vigor em 2026.
Detalhes do Novo Modelo
O ministro da Fazenda afirmou que o novo modelo vai além de medidas pontuais, como liberar compulsórios. Segundo ele, o Banco Central apresentou uma mudança que vai canalizar os recursos mais baratos da economia, como os da poupança, para o crédito e para o consumo produtivo. O projeto já foi aprovado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
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Como Funciona
O governo chama o programa de “modernização da poupança” porque o novo modelo muda a forma como o dinheiro depositado é usado para financiar imóveis. Hoje, os bancos são obrigados a destinar 65% dos recursos da poupança para crédito habitacional – uma regra fixa. Com o novo modelo haverá: Transição gradual: obrigatoriedade deixa de existir gradualmente; começa em 2025 e será concluída em janeiro de 2027; Fim da obrigatoriedade: deixa de valer o direcionamento fixo de 65% da poupança para crédito habitacional; Oferta de crédito: os bancos poderão combinar recursos da poupança com dinheiro do mercado financeiro (como Letras de Crédito Imobiliário e Certificados de Recebíveis Imobiliários); bancos que não captam poupança poderão conceder crédito em condições equivalentes; Ampliação do limite: valor máximo do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões; Depósitos interfinanceiros: passam a ser usados para turbinar o crédito habitacional.
Impacto e Objetivos
Além de ampliação de crédito, trata-se de “modernizar o sistema brasileiro de empréstimos e poupanças”, segundo Alckmin. Lula destacou que o objetivo do plano é ampliar o acesso da classe média à moradia. “Tem trabalhador que ganha R$ 10 mil, R$ 11 mil e não consegue comprar uma casa. Esse programa foi pensado para essa gente, que não é pobre, mas também não tem crédito”, disse.