O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou que sugeriu ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma abordagem colaborativa para enfrentar o crime organizado, focada em inteligência policial e investigação, em vez de ações militares.
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A conversa, que durou aproximadamente 40 minutos, ocorreu por telefone na terça-feira (2), com foco na cooperação entre os países no combate a facções criminosas.
Estratégia de Inteligência Policial
Em entrevista à TV Verdes Mares, do Ceará, Lula enfatizou a importância de utilizar a inteligência policial para prender líderes de facções brasileiras que se encontram nos Estados Unidos. Ele afirmou: “Eu disse ao Trump: a gente não precisa usar armas, a gente tem que usar a inteligência.
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Vamos prender os brasileiros que estão aí”.
Cooperação Internacional e Dados
O presidente destacou que a cooperação deve envolver dados de países vizinhos e de agências norte-americanas, visando pressionar redes criminosas e combater o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e atividades ilícitas transnacionais. “Vamos utilizar a inteligência que nós temos, dos países que fazem fronteira com o Brasil, dos EUA e de outras partes do mundo, para jogar todo o peso contra as facções criminosas”, declarou.
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Contexto Político e Objetivos do Governo
A fala de Lula ocorre em meio a discussões internas sobre propostas de classificação de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho como organizações terroristas. A equipe presidencial resiste a essa tese, argumentando que pode abrir espaço para ações militares estrangeiras, citando a Venezuela como exemplo.
Auxiliares do Planalto afirmam que o líder petista buscou reforçar a ideia de que o Brasil possui instrumentos eficazes de investigação e repressão financeira contra as facções, e que está disposto a trabalhar de forma integrada com os EUA.
Apoio de Trump e Próximos Passos
Segundo o governo, Trump demonstrou “total disposição” para colaborar e apoiou iniciativas bilaterais para enfrentar organizações criminosas. O tema também tem ganhado relevância na agenda americana, com os EUA ampliando operações no Caribe contra grupos envolvidos no tráfico de drogas, especialmente ligados à Venezuela.
A ligação entre os dois presidentes foi articulada após conversas recentes que estabeleceram um canal de comunicação mais frequente. Ambos concordaram em manter novas rodadas de diálogo sobre crime organizado e tarifas comerciais, outro tema tratado no telefonema.
