Governo Lula Intensifica Ações para Ampliar o Acesso à Classe Média
Em 2025, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou um pacote abrangente de medidas com o objetivo de aliviar o custo de vida e expandir o acesso ao crédito, direcionado principalmente à classe média. A estratégia central do governo visava o grupo com renda entre R$ 8 mil e R$ 20 mil, buscando consolidar um segmento da população com maior poder de compra.
Novas Iniciativas de Crédito e Financiamento
Um dos pilares do plano foi o lançamento do “Novo Crédito Imobiliário”, que elevou o teto do valor financiado para R$ 2,25 milhões e estabeleceu taxas de juros máximas de 12% ao ano. Paralelamente, o governo anunciou a “Reforma Casa Brasil”, um programa de R$ 40 bilhões destinado a crédito para reformas, com uma parcela de R$ 10 bilhões destinada a famílias com renda acima de R$ 9.600. Além disso, o governo regulamentou a modalidade “Minha Casa, Minha Vida”, ampliando o limite de renda para R$ 12.000.
Definição de Classe Média e Estratificação Social
O governo utiliza a Renda Domiciliar Total como marcador para definir a classe média, considerando a soma de todos os rendimentos da família. Segundo o estudo “Classes de Renda e Consumo no Brasil: 2024-2034”, da Tendências Consultoria, a estratificação social brasileira se divide em classes D e E (vulneráveis/baixa renda), C (média baixa), B (média alta) e A (alta renda). A classe média, definida como aqueles com renda entre R$ 8.100 e R$ 25.200, representa o segmento profissional e empreendedor mais consolidado.
Iniciativas Específicas para a Classe Média
Para atender às necessidades específicas da classe média, o governo lançou o “Crédito do Trabalhador”, um programa de crédito consignado privado, considerado uma “revolução” por oferecer juros mais baixos para trabalhadores do setor privado. Também foi apresentado um projeto de lei para isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000 por mês, aprovado na Câmara e em tramitação no Senado. Outras iniciativas incluem o financiamento de motos para entregadores e a regulamentação do programa “Agora Tem Especialistas”, que busca reduzir as filas de espera no SUS.
Desafios e Perspectivas
Apesar dos esforços, o governo Lula tem enfrentado dificuldades em conquistar a chamada classe média tradicional, grupo que demonstra maior sensibilidade à carga tributária e ao custo de vida. Análises do PoderData indicam que a desaprovação do presidente é mais pronunciada entre eleitores com renda média e entre aqueles que recebem mais de 5 salários mínimos, especialmente entre a faixa etária de 25 a 44 anos, que busca emprego formal e maior poder de compra. O governo busca, portanto, acelerar o lançamento de pacotes de crédito e isenção do IR para atender a essa demanda.