Abertura da COP30 em Belém: Discurso do Presidente Lula
Em 10 de novembro de 2025, o Presidente do Brasil inaugurou a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém, Pará. O discurso, marcado por um tom simbólico e críticas políticas, destacou a importância da Amazônia como palco para o evento e a necessidade de um multilateralismo forte para enfrentar a crise climática.
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Principais Pontos do Discurso
O Presidente Lula enfatizou que a realização da COP30 no coração da Amazônia representa um “desafio tão grande quanto acabar com a poluição do planeta”, demonstrando o compromisso do Brasil com a proteção do bioma. Ele defendeu a coragem de enfrentar os desafios globais, elogiando o povo do Pará pela “missão de civilidade e grandeza humana”.
- Multilateralismo e Cooperação: O presidente contrastou a cooperação climática com a guerra, criticando o modelo de gastos militares globais.
- Crítica à Desinformação: Lula condenou a desinformação e a atuação das grandes plataformas digitais, acusando-as de “controlar algoritmos, semear o ódio e espalhar o medo”.
- Criação de um Conselho do Clima: Propôs a criação de um Conselho do Clima vinculado à Assembleia Geral da ONU, visando dar maior peso político às decisões sobre meio ambiente.
- Transição Justa e Povos Indígenas: Defendeu uma transição justa, com foco nas populações mais vulneráveis, e o fortalecimento do papel de povos indígenas e comunidades tradicionais.
Compromissos e Iniciativas
Durante o discurso, foram anunciados compromissos coletivos, incluindo o manejo integrado do fogo, o direito à posse da terra por povos indígenas e tradicionais, a quadruplicação da produção de combustíveis sustentáveis, a criação de uma coalizão sobre mercados de carbono e o alinhamento da ação climática ao combate à fome e à pobreza.
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O lançamento do Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, com arrecadação de US$ 5,5 bilhões em um único dia, também foi destacado.
Conclusão: Um Chamado à Ação
O Presidente Lula concluiu o discurso com um apelo à comunidade internacional para cumprir seus compromissos, acelerar a ação climática e colocar as pessoas no centro da agenda climática. Ele ressaltou a importância de reconhecer o papel dos territórios indígenas e de comunidades tradicionais, e enfatizou que a emergência climática é uma crise de desigualdade, que exige uma nova derrota aos negacionistas e um futuro onde seja possível sonhar.
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