Retorno Internacional da Presidência em 2025
Em 2025, o presidente (PT) retomou uma agenda internacional intensa, marcada por 50 dias de viagens. Essa retomada se deu após um período de menor atividade em 2024, impulsionada por um acidente doméstico. A estratégia central foi o “protagonismo internacional”, com foco em clima, multipolaridade e cooperação Sul-Sul, especialmente na Ásia.
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A agenda priorizou encontros em fóruns multilaterais e visitas regionais. O destino asiático, com 23 dias de viagem, foi o principal, incluindo visitas a China e Estados Unidos, com o objetivo de fortalecer parcerias estratégicas. A viagem à China visava discutir energia limpa e novos investimentos, enquanto a visita ao presidente norte-americano, Donald Trump, tratou de questões relacionadas ao tarifaço entre os países.
O Itamaraty intensificou sua atuação, buscando ampliar a presença brasileira na região, vista como um contraponto à dependência comercial dos Estados Unidos e da Europa. A agenda refletiu o recrudescimento da polarização global, com o governo buscando defender a reforma da governança global e o financiamento climático em fóruns internacionais.
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Participou da ONU, do G20 e da cúpula da Celac, além de uma segunda cúpula da Celac na Colômbia.
O Mercosul também teve uma agenda ativa, com duas cúpulas na Argentina e viagens ao Uruguai e Chile. A África recebeu atenção no final do ano, com visitas à África do Sul e Moçambique, onde foram assinados acordos em áreas como desenvolvimento, saúde, educação e aviação civil.
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Presença da Primeira-Dama
A primeira-dama Janja Lula da Silva complementou a agenda presidencial, passando 54 dias fora do país, quatro a mais que o presidente. Sua presença internacional foi marcada por 9 viagens, incluindo três sem o presidente, e focada em eventos multilaterais, visitas de Estado e compromissos ligados a programas sociais e alimentares.
Janja consolidou-se como figura de influência na interlocução política e na imagem internacional do Planalto, com um gabinete próprio estimado em R$ 1,9 milhão por ano.
Estratégia para 2026
O volume de viagens reflete o esforço para reposicionar o Brasil antes do ano eleitoral, com foco na imagem de Lula como líder global e na ampliação da presença brasileira em discussões sobre clima, desenvolvimento e multipolaridade. O governo busca consolidar acordos comerciais e atrair investimentos estrangeiros, especialmente da Ásia, para sustentar o discurso de crescimento econômico durante a campanha de reeleição.
A agenda inicial inclui visitas à Índia e à Coreia do Sul em fevereiro, para uma missão comercial, e participação na Feira de Hannover, na Alemanha, em abril.
