Lula formaliza decreto reconhecendo cultura gospel como parte da cultura nacional. Lideranças evangélicas e ministro Hugo Motta participam do evento no Palácio do Planalto
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) formalizou, em cerimônia no Palácio do Planalto, um decreto que reconhece a cultura gospel como parte integrante da cultura nacional. A medida estabelece diretrizes para sua promoção nas políticas públicas.
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O ato ocorre em um momento de crescente importância para o segmento evangélico no país.
A assinatura do decreto contou com a presença de lideranças evangélicas, ministros do governo e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante o evento, o presidente Lula enfatizou que o decreto representa um gesto de “acolhimento e respeito” à comunidade evangélica, ressaltando a importância de reconhecer formalmente a cultura gospel.
O decreto define a cultura gospel como abrangendo expressões como música, dança e teatro religioso, além de artes visuais inspiradas na fé cristã, literatura religiosa e outras manifestações baseadas na vida cristã. A norma visa garantir que essas manifestações sejam consideradas oficialmente parte da cultura brasileira.
A nova legislação orienta o poder público a incentivar a criação artística, a formação de profissionais, a preservação de acervos e a circulação de obras e artistas gospel no Brasil e no exterior. O objetivo é promover o desenvolvimento e a valorização dessa cultura.
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A iniciativa ocorre em um contexto de desgaste do governo entre evangélicos. Dados recentes de uma pesquisa da Quaest indicam que a desaprovação de Lula nesse grupo aumentou de 58% para 64%, enquanto a aprovação caiu de 38% para 33%. A possibilidade de um quarto mandato em 2026 reforça a importância de reduzir essa resistência.
Em eleições anteriores, o eleitorado evangélico representou um obstáculo significativo para Lula. Em 2022, o presidente reiterou o compromisso com a liberdade religiosa e garantiu que igrejas não seriam fechadas. A iniciativa conta com a articulação de parlamentares como a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que voltou a participar das discussões sobre o novo decreto.
O evento também contou com a participação dos ministros Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além do advogado-geral da União, indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal. O presidente reafirmou que o Estado brasileiro é laico, mas não indiferente à fé da população, citando gestos anteriores, como a criação do Dia Nacional da Marcha para Jesus e a sanção da Lei da Liberdade Religiosa.
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