Lula enfrenta veto à reforma do Imposto de Renda: risco de “caos” fiscal

Lula enfrenta prazo para sancionar reforma do Imposto de Renda. CFC e especialistas recomendam veto à proposta com isenção de lucros em 2025. Riscos e complexidades na aplicação são alertados

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um prazo até a terça-feira, 25 de novembro de 2025, para sancionar a reforma do Imposto de Renda. A proposta inclui uma isenção para lucros apurados até 2025, o que demandaria o fechamento de balanços e sua formalização em 31 de dezembro de 2025.

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O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) recomendou o veto, alegando a inviabilidade técnica e o risco de insegurança jurídica da medida.

Recomendação do CFC e Opiniões de Especialistas

Especialistas concordam com a recomendação do CFC, defendendo o veto. O ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, reforçou a inviabilidade técnica, destacando a contradição operacional da lei, que exige a apuração e registro dos lucros até 31 de dezembro, impossibilitando a execução no mesmo ano.

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Complexidades e Riscos na Aplicação

Everardo Maciel complementou, apontando para outras dificuldades, como a apuração da alíquota efetiva para empresas do lucro presumido e Simples. Ele ressaltou que essa situação cria insegurança e estimula o planejamento tributário devido às falhas na legislação.

Manobras Contábeis e Distorções

A tributarista Letícia Rocha alertou que as empresas podem tentar manobras contábeis, mas ressaltou os riscos e limitações envolvidos. Ela sugeriu a possibilidade de levantamento de balanços intermediários, como em 30 de novembro de 2025, mas alertou para a possibilidade de distorções nos dados.

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Consequências e Probabilidades

O advogado tributarista Bruno Medeiros Durão, presidente do Durão & Almeida, Pontes Advogados, enfatizou a inviabilidade operacional do prazo, citando a dificuldade de empresas auditadas realizarem ajustes de fim de ano e convocarem assembleias em dezembro.

Ele ressaltou que o CFC, Ibracon e Fenacon já consideraram a proposta como “loucura” e solicitaram o veto presidencial.

Segundo Durão, a não sanção da reforma pode gerar “caos”, com empresas forçando aprovações incompletas ou perdendo a isenção e pagando 10% de IR sobre dividendos.

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