A articulação política do presidente (PT) antecedeu o anúncio do recuo do presidente do Senado, (União Brasil-AP), que em 2 de dezembro de 2025, comunicou o cancelamento da sabatina de Jorge Messias para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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Inicialmente, Alcolumbre havia programado a sabatina para 10 de dezembro, visando obter apoio entre os senadores para o indicado de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Atraso na Formalização da Indicação
O cancelamento da sabatina beneficia a nomeação do advogado-geral da União, que representa o terceiro nome a ser proposto pelo petista para ocupar uma vaga na Corte. A situação demonstra a complexidade do processo de aprovação de indicativos para o STF.
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Reuniões e Estratégias
Lula se reuniu na segunda-feira, 1º de dezembro, com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação. Essa foi a primeira participação direta do petista na mobilização pela aprovação do Procurador-Geral da União. Alcolumbre também agendou uma reunião com Lula até o final da semana corrente.
Críticas e Desconfiança
Alcolumbre cancelou a sabatina, alegando a falta de envio por parte do governo de uma mensagem oficial sobre a indicação de Messias, apesar da publicação no Diário Oficial da União em 20 de novembro. O presidente do Senado classificou a omissão como “grave e sem precedentes” e uma “interferência no cronograma da sabatina”.
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A situação gerou desconfiança entre os senadores em relação à escolha do indicado.
Possível Adiamento da Aprovação
A documentação de Messias já está na Secretaria Especial Para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, pronta para envio. O Planalto adiará o envio até que seja viável, o que pode prolongar a sabatina até o início de 2026. Essa é uma estratégia para garantir a aprovação do nome sem interrupções na CCJ e no plenário do Senado.
Votos Garantidos e Críticas
Segundo levantamento do Poder360, Messias já possui pelo menos 10 votos garantidos na CCJ, necessitando de 14 para avançar ao plenário. Na etapa final, o indicado precisa de pelo menos 41 dos 81 votos. Senadores criticam Messias por ter apoiado a decisão do ministro do STF Flávio Dino, que bloqueou a liberação de emendas parlamentares impositivas.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirma que Messias está “colhendo os resultados da desconfiança” após concordar com o bloqueio das emendas.