Lula e Motta buscam aproximação em meio a tensões sobre PL Antifacção

Lula e Motta conversam para amenizar tensões sobre PL Antifacção e futuro eleitoral de 2026. Lula busca aprovação do projeto com foco em economia.

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma ligação telefônica com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, na terça-feira, 16 de maio. A iniciativa surge em um contexto de busca por uma nova dinâmica entre os poderes, após tensões recentes.

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A ligação foi vista por aliados de Motta como um gesto de aproximação, buscando amenizar o desgaste na relação entre os dois, que se intensificou devido a divergências sobre pautas de segurança pública, em particular o projeto de lei conhecido como PL Antifacção.

A designação de um aliado de Tarcísio de Freitas para a relatoria do projeto foi um ponto de conflito.

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Segundo fontes, a conversa ocorreu em um tom cordial e respeitoso. Durante o diálogo, Lula enfatizou a importância da Câmara na definição das prioridades do país, com foco nas questões econômicas.

A ligação ocorreu após um encontro entre Hugo Motta e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na reunião, Haddad solicitou ajustes no projeto de lei aprovado pela Câmara na madrugada, que propõe cortes em benefícios tributários federais.

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Líderes da Câmara avaliaram positivamente a conversa, considerando-a um sinal de possíveis movimentações políticas com impactos no cenário eleitoral de 2026.

Alguns parlamentares apontam que o desgaste da imagem de Motta se intensificou devido a críticas públicas de Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, que classificou a condução da Casa como inadequada, e à campanha com o slogan “Congresso inimigo do povo”.

Em conversas internas, alguns deputados sugerem que Motta buscou esvaziar a agenda legislativa para honrar compromissos assumidos durante sua campanha à presidência da Câmara, com apoio do PT e do PL.

O PL manifesta insatisfação com o não cumprimento de acordos, especialmente em relação à anistia ampla. Líderes do partido alegam que Motta atrasou a discussão de temas prioritários para a legenda.

O PT também teve confrontos com a presidência da Câmara após a escolha do deputado Guilherme Derrite, ligado a Tarcísio de Freitas, como relator do PL Antifacção, o que aumentou as tensões entre o governo e a Câmara.

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