O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de encontros em Joanesburgo, África do Sul, com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia. O evento marcou a primeira reunião do IBAS (Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul) desde 2011.
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O objetivo central do encontro foi fortalecer a cooperação entre os países membros.
Defesa de uma União do Sul Global
Durante o discurso, Lula defendeu a ideia de uma união do Sul global. Ele argumentou que o IBAS, ao reconhecer a condição dos países como grandes emergentes e democracias, possui uma identidade e capacidades próprias. Acredita-se que Índia, Brasil e África do Sul têm um papel fundamental na conciliação de valores como soberania, autonomia, desenvolvimento e defesa da democracia e dos direitos humanos, valores que estão em falta no cenário internacional atual.
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Temas de Discussão
Além da defesa de uma união do Sul global, o encontro abordou temas cruciais como o acesso a medicamentos e vacinas, direitos humanos, equidade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos. Também foram discutidos o combate ao extremismo e a defesa da democracia.
A necessidade de um sistema de governança e acesso a dados justo, democrático e funcional foi enfatizada, assim como a capacidade dos países membros de liderar na governança global da Inteligência Artificial.
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Importância da Reunião Periódica
Lula ressaltou a importância de que um grupo como o IBAS se reúna regularmente em alto nível. Ele acredita que os resultados alcançados pelo grupo devem ser refletidos na Organização das Nações Unidas (ONU), no Grupo de 20 (G20) e no BRICS. A próxima cúpula do IBAS será um momento crucial para definir os rumos futuros do fórum.
Contexto da Cúpula do G20
A reunião de Lula ocorreu em meio à Cúpula de Líderes do G20, que também aconteceu em Joanesburgo. O bloco reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. Uma particularidade deste ano foi a ausência dos Estados Unidos, devido ao boicote do presidente Donald Trump, o que gerou questionamentos sobre o futuro do grupo, que toma decisões por consenso.
Apesar da ausência dos EUA, Lula defendeu a aprovação do texto e as posições similares de outros países em desenvolvimento. Ele criticou o protecionismo e o multilateralismo, e defendeu que o G20 trabalhe para resolver conflitos em países como Sudão, Ucrânia e Gaza.
A desigualdade global foi apontada como uma emergência que precisa ser enfrentada.
