Lula critica redes sociais e violência contra a mulher em discurso na ConDH 2025. Presidente do PT cobra responsabilização por discursos de ódio. Reunião com autoridades confirmada
Em seu discurso de encerramento na 13ª ConDH (Conferência Nacional dos Direitos Humanos), realizada em Brasília nesta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, o presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que as redes sociais devem ser responsabilizadas pela disseminação de “discursos de ódio e de incentivo à violência contra a mulher”.
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A declaração enfatizou que essa responsabilização não se configura como censura.
Lula salientou que a liberdade de expressão não pode ser utilizada para justificar a prática de crimes hediondos. Ele argumentou que a proteção da vida, da integridade física e da dignidade de mulheres é um imperativo, e não uma restrição à liberdade de expressão.
O presidente anunciou que se reunirá na próxima semana com autoridades para discutir medidas de combate à violência contra a mulher. A reunião proposta inclui representantes do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior Tribunal de Justiça), da PGR (Procuradoria Geral da República) e do Congresso Nacional.
Durante a cerimônia de encerramento, o governo assinou o projeto de lei que cria o Plano Nacional de Proteção dos Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos. O governo destacou que o Brasil é um dos países com maior número de assassinatos de defensores e defensoras dos direitos humanos.
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O presidente criticou a ascensão da extrema direita em nível global, associando-a a uma inédita onda de negacionismo de valores humanos. Ele mencionou o machismo e o racismo como elementos estruturais que contribuem para a violência contra mulheres no Brasil, e a necessidade de amplificar a voz daqueles que atuam na linha de frente na defesa dos direitos humanos.
A 13ª ConDH, que retorna após edições realizadas em 2016, visa promover um diálogo plural, democrático e participativo para a formulação de diretrizes que subsidiem a construção e implementação de um Sistema Nacional de Direitos Humanos robusto e eficaz.
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