Lula critica demora da UE em selar acordo Mercosul-UE em Foz do Iguaçu

Luiz Inácio Lula critica demora da UE em selar acordo Mercosul-UE. Frustração com adiamento para janeiro de 2026, após posição da Itália e França.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Lamentações de Lula sobre Atraso no Acordo Mercosul-UE

Em Foz do Iguaçu (PR), durante a 67ª Cúpula do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu descontentamento com a demora da União Europeia (UE) em assinar o acordo de livre comércio. A expectativa era de que o documento, resultado de 26 anos de negociações, fosse finalmente selado neste fim de semana.

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A frustração do presidente se deve à decisão da UE de adiar a assinatura para janeiro de 2026, após a mudança de posição da Itália e França, que se opõem ao tratado.

Lula criticou a falta de “vontade política e coragem” dos líderes europeus, ressaltando que a conclusão da negociação, que já se arrasta há duas décadas, depende da disposição dos governantes. O presidente enfatizou que a UE ainda não se decidiu, apesar dos esforços para garantir que o acordo contribuísse para o desenvolvimento econômico do Mercosul, sem afetar políticas industriais ou prejudicar setores sensíveis.

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Protestos em Bruxelas

A situação foi agravada por manifestações em Bruxelas, onde milhares de agricultores europeus protestaram contra a política agrícola da UE e o possível acordo com o Mercosul. Os manifestantes bloquearam ruas com tratores, demonstrando a oposição de setores da agricultura europeia ao acordo.

Parcerias Alternativas

Enquanto aguarda a decisão da UE, o Mercosul busca outras parcerias econômicas. O bloco sul-americano firmou um acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e avança nas negociações com Índia, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Japão e Vietnã.

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O presidente Lula ressaltou a importância de aumentar o comércio intrarregional na América do Sul, que atualmente representa apenas 15% do fluxo comercial, em comparação com 60% na Ásia e na Europa.

Potencial na Transição Energética

Lula acredita que a América do Sul pode ocupar uma posição de liderança na transição energética, devido às suas reservas de minerais raros, essenciais para a fabricação de tecnologias como smartphones, carros elétricos e materiais de defesa.

O presidente defende a inclusão dos setores sucroalcooleiro e automotivo nas regras do Mercosul como forma de impulsionar o comércio intrarregional.

Perspectivas Futuras do Mercosul

O Mercosul continua buscando avançar nas negociações com outros países da América do Sul, como Panamá, Colômbia e Equador. O bloco sul-americano demonstra otimismo em relação ao futuro do comércio intrarregional e à sua capacidade de se posicionar como um ator relevante no cenário econômico global.

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