Críticas à Megaoperação e Apoio a Cláudio Castro

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais criticou, nesta sexta-feira (31.out.2025), a união de governadores de direita em apoio a Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro. A manifestação ocorreu após uma operação em larga escala realizada por forças fluminenses nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte carioca, que resultou na morte de 121 pessoas.

A ministra expressou preocupação com a divisão política e o potencial intervencionismo estrangeiro, argumentando que o apoio é contraproducente no combate ao crime organizado. A crítica se baseia na proposta de uma emenda constitucional (PEC) de segurança apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional.

A ministra salientou que a iniciativa pode abrir caminho para o intervencionismo militar, citando o exemplo das ações realizadas pelos Estados Unidos no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe, com ataques a embarcações venezuelanas e colombianas, sob a alegação de envolvimento em atividades de narcoterrorismo.

A operação no Rio de Janeiro foi descrita por Cláudio Castro como um “combate ao narcoterrorismo”. No entanto, a utilização da terminologia de “terrorismo” em um contexto criminal gera ressalvas no entorno do presidente Lula, que não incluiu o termo em sua proposta antifacção enviada ao Congresso.

A preocupação é que a utilização da terminologia de “terrorismo” possa justificar ações de intervenção estrangeira, como as realizadas pelos Estados Unidos, sob a justificativa de combater o “narcoterrorismo”.

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