Lula afirma que Trump deveria entender o sistema de energia integrado do Brasil, em vez de “discutir conosco”
O presidente também direcionou outros avisos ao dirigente americano ao declarar que o Brasil “tem dono” e que, no país, as questões não são abandonadas.

<p>O presidente da República, <strong>Luiz Inácio Lula da Silva</strong>, afirmou nesta quarta-feira (10), que o presidente dos Estados Unidos, <strong>Donald Trump</strong>, deveria conhecer o Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica em vez de âbrigarâ com o Brasil. âAo invés do Trump brigar com a gente, ele poderia vir aqui conhecer o nosso sistema interligado. Ele ia perceber que seria muito melhor para os Estados Unidos do que brigar com a gente, que não quer brigarâ, declarou. Lula também mandou outros recados a Trump, ao afirmar que o Brasil âtem donoâ e que, no PaÃs, as coisas não são largadas.</p>
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O presidente também manifestou o desejo de comparar o sistema de interligação brasileira com o norte-americano, após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, lembrar que o Estado do Texas não está ligado ao restante do território dos Estados Unidos. O presidente acompanhou nesta quarta-feira em Brasília o início da energização do Linha Manaus – Boa Vista, que marcou o início do processo de conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Até então, o território roraimense era o único isolado do Sistema Interligado Nacional.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) informou que foram investidos R$ 2,6 bilhões em cerca de 725 km de extensão, em circuito duplo de 500 quilovolts (kV), que vão da Subestação Engenheiro Lechuga, no Amazonas, à Subestação Boa Vista, na capital de Roraima, com uma seccionadora em Rurainópolis.
Silveira afirmou que o Linha Manaus – Boa Vista possibilitará uma diminuição mensal de gastos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) no valor de R$ 45 milhões. A projeção anual é de R$ 500 milhões, conforme informações do órgão.
Um exemplo para o mundo.
Lula declarou no evento que “o modelo de interligação de energia no Brasil é um exemplo para o mundo”. De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia (MME), a substituição progressiva das usinas termelétricas por energia limpa e renovável, em Roraima, diminui as emissões de gases de efeito estufa em mais de um milhão de toneladas de CO2 anualmente. O governo também menciona uma economia superior a R$ 600 milhões anuais nos gastos com combustíveis fósseis.
Leia também:

Após o dia 7 de Setembro, manifestantes cobram renúncia de Tarcísio de Freitas

A defesa do ex-presidente Bolsonaro afirma que honrará a decisão do STF, mesmo discordando dos votos proferidos por Moraes e Dino

Lula afirma que seu governo está combatendo o crime organizado, que “atingiu a Faria Lima”
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Devido a diversas usinas térmicas serem desligadas, a interligação possibilitará o escoamento de 700 megawatts (MW) de futuras Usinas Hidrelétricas (UHEs). O fornecimento do Estado dependia significativamente da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), custo destinado a subsidiar os sistemas isolados.
O presidente afirmou que pode ser o ponto central da transição energética limpa necessária para o mundo. Durante o evento, Lula também anunciou que visitará a terra indígena Yanomami em Roraima em outubro.
Apresentamos uma oferta com um aumento de três vezes.
O presidente declarou que o Linha Manaus – Boa Vista possibilitará que Roraima possua uma oferta três vezes superior à demanda atual de energia no estado. A obra representa a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Lula afirmou que o governo pretende fornecer energia aos povos indígenas do norte do país. Para ele, a transição energética possibilita um “salto de qualidade” para o desenvolvimento do Brasil. Com a integração de Roraima, o último estado da federação que estava isolado, o país completa seu mapa energético.
Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias
Fonte por: Jovem Pan