Lukoil aceita oferta da Gunvor após sanções e venda de ativos no exterior
Lukoil aceita oferta da Gunvor para venda de ativos estrangeiros após sanções ocidentais e guerra na Ucrânia. Transação é marco das pressões internacionais.
A Lukoil anunciou, nesta quinta-feira (30), que aceitou uma oferta da trading global de commodities Gunvor para a venda de seus ativos estrangeiros. A decisão se deve às sanções impostas por Washington na semana anterior, que visavam a empresa russa.
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A transação representa a ação mais significativa até o momento realizada por uma empresa russa em decorrência das sanções ocidentais, motivadas pela guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa ao país vizinho em 2022.
Termos da Transação
Os termos da operação já haviam sido previamente acordados entre as partes. A Lukoil confirmou a aceitação da oferta, comprometendo-se a não buscar outras propostas de compra.
Autorização Necessária
O acordo está sujeito à aprovação do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro.
Gunvor e Lucros Pós-2022
A Gunvor, trading global de commodities, ganhou destaque nos anos 2000 como a maior trading de petróleo russo do mundo. A empresa utilizou lucros obtidos após 2022 para financiar aquisições de ativos, incluindo refinarias, campos de petróleo e usinas de energia.
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Histórico da Gunvor
Acionistas da Gunvor, incluindo Gennady Timchenko, um aliado próximo do presidente Vladimir Putin, venderam suas participações após sanções americanas em 2014, relacionadas à anexação da Crimeia pela Rússia.
Ativos da Lukoil
A Lukoil responde por cerca de 2% da produção global de petróleo. Um dos seus maiores ativos é o campo de petróleo West Qurna 2 no Iraque, com participação de 75%, que atingiu mais de 480.000 barris por dia em abril, conforme informado pela agência de notícias russa Interfax.
A empresa também possui a refinaria Lukoil Neftohim Burgas na Bulgária, a maior dos Bálcãs, com capacidade de 190.000 barris por dia, além da refinaria de petróleo Petrotel na Romênia. A Lukoil fornece petróleo para Hungria e Eslováquia, bem como para a refinaria STAR na Turquia, que depende fortemente do petróleo russo.
Autor(a):
redacao
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