Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, manifestou sua preocupação em relação aos juros de 15% ao ano no Brasil, em uma declaração feita na segunda-feira, 8 de dezembro de 2025. Trajano argumentou que a taxa não possui justificativa e que impacta negativamente as pequenas e médias empresas.
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A declaração foi proferida durante um evento no Conjunto Nacional, localizado na avenida Paulista, em São Paulo.
Desafios para o Magalu
Frederico Trajano, CEO do Magalu, reforçou as críticas. Ele ressaltou que a queda dos juros é urgente e que a taxa deveria diminuir até 11% até o final do ano. Trajano mencionou que, mesmo com o consumo aquecido, os consumidores preferem “tíquetes menores” devido ao cenário de juros elevado.
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Contexto da Reunião do Copom
As declarações de Trajano e Frederico Trajano ocorreram na véspera da reunião final do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se encerra na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025.
Estimativas de Instituições Financeiras
O Poder360 coletou estimativas de 11 instituições financeiras e consultorias sobre a taxa básica de juros. As instituições unânimes previram a manutenção da Selic em 15% ao ano.
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Meta de Inflação e Intervalo de Tolerância
A meta de inflação está fixada em 3% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, permitindo que a inflação atinja até 4,5% ao ano.
Resultados Financeiros do Magalu no 3º Trimestre de 2025
O Magalu registrou R$ 15,1 bilhões em vendas no terceiro trimestre de 2025, 2,6% abaixo dos R$ 15,5 bilhões de 2024. O ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 807,4 milhões, com um aumento de 13,2% em relação ao mesmo período de 2024.
Desempenho e Geração de Caixa
A margem ebtida foi de 7,9% a 8,9%, indicando ganhos de eficiência operacional, apesar da leve queda nas vendas e do cenário de juros. O ebtida ajustado foi de R$ 711 milhões. A geração de caixa atingiu R$ 535 milhões no terceiro trimestre de 2025, com um acumulado de 12 meses de R$ 2,5 bilhões, impulsionado pela otimização do capital de giro, especialmente em estoques e monetização de impostos.
As vendas no comércio presencial cresceram 5% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 4,7 bilhões, enquanto o e-commerce registrou R$ 10,4 bilhões, com destaque para o marketplace (R$ 3,9 bilhões).
