Professora Luanda Julião acompanha avanços no combate ao racismo e valorização da cultura afro-brasileira desde 2010 em SP. Currículo inclusivo e projetos como “Multiplica de” impulsionam a transformação escolar
Desde 2010, a professora Luanda Julião tem acompanhado e atuado em mudanças significativas no ambiente escolar, especialmente no enfrentamento do racismo e na valorização das culturas afro-brasileiras e africanas. Ao analisar o cenário atual, ela o compara de forma positiva com sua própria experiência como aluna nas décadas anteriores.
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A professora destaca a evolução do currículo escolar como um pilar fundamental dessas transformações. Ela ressalta que a rede estadual de São Paulo, desde 2010, implementou um currículo que se distancia de uma perspectiva eurocêntrica, incorporando a história e a cultura dos povos africanos e dos povos originários, além de valorizar a cultura afro-brasileira.
Apesar dos avanços, Luanda Julião reconhece que a jornada ainda enfrenta resistências. Um desafio persistente é a visão de que o debate sobre raça e cultura deve ser restrito a determinados períodos, como novembro. Ela lamenta que, em algumas unidades escolares, o tema ainda não é abordado de forma contínua.
Para a professora, seu papel vai além da educação, servindo como inspiração para novas gerações, especialmente para meninas negras. Ela acredita que incentiva essas jovens a estudarem, sonharem e acreditarem em seus sonhos, reconhecendo o direito de viver em um país onde a realização de sonhos é possível.
As mudanças observadas pela professora se estendem além das disciplinas de história ou sociologia. Professores de outras áreas, como matemática e física, estão valorizando o conhecimento dos povos africanos e dos povos originários da América.
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Cientistas negras são apresentadas aos alunos, demonstrando a transversalidade do tema.
A formação continuada dos educadores é um ponto crucial na disseminação das práticas antirracistas. A “trilha antirracista” é amplamente trabalhada nas formações coletivas. Projetos como o “Multiplica de” alcançam diretamente muitos professores da rede.
A professora relata que, ao conduzir uma eletiva sobre a História da África em 2019, em uma escola da Mooca, aprendeu tanto com os alunos quanto com os livros, desconstruindo estereótipos.
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