A Complexa Jornada da Logística Reversa no Brasil: Desafios, Inovações e Impacto Ambiental
O Brasil, um dos maiores mercados consumidores do mundo, enfrenta um desafio crescente: a gestão dos produtos devolvidos. Com um volume de devoluções que ultrapassa 17% a 30% das vendas online, o país está trilhando um caminho para aprimorar a logística reversa, buscando um equilíbrio entre sustentabilidade, economia e eficiência.
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Mas como essa jornada se desenrola e quais os impactos que ela gera?
Um Mercado em Crescimento e Devoluções Elevadas
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Em 2024, o Brasil já havia faturado R$ 282,6 bilhões, com uma taxa de devolução significativa. Essa alta, em comparação com os 8,9% registrados em lojas físicas, demonstra uma crescente demanda por produtos de qualidade e uma maior conscientização dos consumidores.
A complexidade reside no fato de que o destino desses produtos devolvidos varia amplamente, desde a revenda até a reciclagem, passando por processos de recondicionamento e parcerias com cooperativas de catadores.
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O Que Acontece Depois da Devolução?
A jornada de um produto devolvido no Brasil é multifacetada e depende do tipo de produto, da empresa e da sua política de devolução. As principais estratégias incluem:
Desafios e Inovações
Apesar dos avanços, a logística reversa no Brasil ainda enfrenta desafios significativos:
No entanto, a busca por soluções inovadoras está em andamento. Empresas como a Leroy Merlin e o Mercado Livre estão investindo em tecnologias para rastrear e monitorar o fluxo de materiais, enquanto a ABELORE defende a criação de um sistema de crédito de reciclagem que valorize os ganhos sociais gerados pela atividade.
Impacto Ambiental e Social
A logística reversa tem um impacto ambiental significativo, reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais, o consumo de energia e água. Além disso, a valorização do trabalho dos catadores, através de parcerias e sistemas de crédito de reciclagem, contribui para a inclusão social e a geração de renda.
Conclusão
A jornada da logística reversa no Brasil é complexa e desafiadora, mas também repleta de oportunidades. Ao investir em inovação, regulamentação e conscientização, o país pode transformar o problema das devoluções em uma oportunidade de construir um futuro mais sustentável e socialmente justo.
A colaboração entre empresas, governo e sociedade é fundamental para que essa transformação se concretize.
- Revenda: A maioria das empresas, incluindo Amazon, Casas Bahia, Mercado Livre e Leroy Merlin, prioriza a revenda de produtos em bom estado, seja como novos, semi-novos (através do programa “Quase Perfeitos” da Leroy Merlin) ou em canais específicos como saldões.
- Recondicionamento: Produtos com pequenas avarias são recondicionados e revendidos com desconto, como no caso do programa “Quase Perfeitos” da Leroy Merlin.
- Doação: Empresas como a Leroy Merlin doam produtos fora de condições de venda para instituições sociais, através do programa “Jeito de Ajudar”.
- Parcerias com Cooperativas: A ABELORE destaca a importância de parcerias com cooperativas de catadores, que desempenham um papel crucial na coleta e destinação dos materiais.
- Reciclagem: Produtos irreparáveis são encaminhados para reciclagem, com algumas empresas, como a Leroy Merlin, investindo em tecnologias para otimizar esse processo.
- Leilões: Empresas como a Casas Bahia utilizam leilões para vender produtos que não podem ser revendidos, gerando retorno financeiro e evitando o descarte.
- Infraestrutura: A falta de infraestrutura adequada para coleta e transporte de materiais reciclados é um obstáculo.
- Tecnologia: A adoção de tecnologias que otimizem o processo de logística reversa ainda é limitada.
- Regulamentação: A falta de uma regulamentação clara e abrangente dificulta a implementação de práticas sustentáveis.
- Conscientização: A conscientização dos consumidores sobre a importância da logística reversa ainda precisa ser ampliada.
