Rejeição Condena Reconhecimento de Somalilândia por Israel
Em 28 de dezembro de 2025, a Liga Árabe promoveu uma reunião de emergência para discutir o reconhecimento da Somalilândia pela República de Israel. A decisão, tomada em 26 de dezembro de 2025, gerou forte condenação internacional. O encontro reuniu representantes de 22 países e da Organização da Cooperação Islâmica, buscando avaliar os impactos diplomáticos e de segurança da ação israelense, considerada inédita no Chifre da África e no Mar Vermelho.
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O comunicado conjunto resultante da reunião expressou uma rejeição “inequívoca” ao reconhecimento, destacando que a medida ignora o direito internacional e pode afetar a paz e a segurança regionais e globais. O documento enfatizou que a ação de Israel reflete uma postura expansionista e representa uma violação da soberania e integridade territorial dos Estados.
Pontos Centrais da Rejeição
O comunicado delineou cinco pontos cruciais na condenação: 1) Rejeição explícita do reconhecimento da Somalilândia, alertando para “sérias repercussões” na região e impacto na paz internacional; 2) Condenação “nos termos mais fortes”, classificando a ação como violação grave dos princípios do direito internacional e da Carta das Nações Unidas; 3) Apoio integral à soberania da República Federal da Somália e rejeição de qualquer medida que enfraqueça a unidade do país; 4) O reconhecimento de partes de Estados é considerado um precedente perigoso, ameaçando a paz internacional; 5) Rejeição de qualquer tentativa de vincular o reconhecimento da Somalilândia a iniciativas de expulsão forçada de palestinos.
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Participantes do Comunicado
O comunicado foi assinado por representantes da Jordânia, Egito, Argélia, Comores, Djibuti, Gâmbia, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Maldivas, Nigéria, Omã, Paquistão, Palestina, Catar, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Turquia, Iêmen e da Organização da Cooperação Islâmica.
A Somalilândia, que controla a região noroeste do antigo Protetorado Britânico no norte da Somália, emitiu um comunicado oficial descrevendo a medida como um “ataque” à sua soberania e uma “ação ilegal”, afirmando que Somalilândia é parte “inseparável” do território somali.
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A Somalilândia, com sua capital Hargeisa, desenvolveu estruturas políticas próprias, incluindo moeda, bandeira e parlamento independentes, apesar das disputas territoriais com comunidades que não apoiam o movimento separatista.
Rejeição Unânime e Impacto Regional
A Liga Árabe demonstrou uma forte e unânime rejeição ao reconhecimento da Somalilândia, buscando mitigar os riscos de instabilidade na região do Chifre da África e do Mar Vermelho. A condenação visa proteger a integridade territorial da Somália e evitar que a situação se torne um catalisador para conflitos mais amplos.
