A busca por flexibilidade, bônus, home office e dias de folga é cada vez mais valorizada por profissionais que constroem suas carreiras. No entanto, uma pesquisa global, envolvendo mais de 1 milhão de participantes, aponta para um fator ainda mais determinante para o bem-estar no trabalho: a confiança.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Renmin, na China, analisou 132 pesquisas sobre confiança no ambiente corporativo, identificando duas frentes cruciais: a confiança interpessoal, que se refere ao relacionamento entre colegas, e a confiança institucional, que envolve a relação entre colaborador e empresa. Ambas estão diretamente ligadas ao bem-estar psicológico, social e até físico.
A pesquisa também destacou o impacto da competição interna. Empresas que estimulam comparações diretas entre funcionários, especialmente em relação a remuneração, bônus ou promoções, podem gerar resultados de curto prazo, mas, no médio e longo prazo, enfraquecem os laços entre colegas, reduzem a colaboração e aumentam o turnover.
A confiança interpessoal é construída em projetos compartilhados, onde todos têm voz, responsabilidades e méritos. Para fortalecer o capital humano da organização, é importante estimular a colaboração entre diferentes áreas, criar espaços para socialização e permitir que o crédito por conquistas seja dividido de forma justa.
Ao ingressar no mercado de trabalho, muitos profissionais focam apenas em mostrar resultados e crescer rapidamente. No entanto, ao longo do tempo, percebe-se que o ambiente de trabalho influencia diretamente na saúde mental, produtividade e trajetória de carreira. Para crescer de forma sustentável, é importante observar se existe transparência sobre metas e decisões, se o líder age com coerência e se há espaço para falar sobre erros ou inseguranças.
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Ambientes com respostas positivas para essas perguntas tendem a ser mais saudáveis, produtivos e propícios ao aprendizado contínuo. A confiança não é apenas um benefício, mas sim a base para um ambiente de trabalho positivo e produtivo. Para lideranças e empresas, construir uma cultura de confiança é uma decisão estratégica, e não apenas uma “cortesia” da gestão.
Para os profissionais, especialmente da nova geração, identificar ambientes que valorizam a confiança pode ser o diferencial entre uma carreira acelerada e um esgotamento precoce. A felicidade e a confiança caminham juntas, conforme comprovado por mais de 1 milhão de participantes nesta pesquisa.