Líderes chineses anunciam política fiscal “proativa” para impulsionar consumo e investimento, buscando meta de 5% de crescimento.
Os líderes chineses anunciaram, na quinta-feira (11), que manterão uma política fiscal “proativa” no próximo ano. Essa medida visa impulsionar tanto o consumo quanto o investimento, buscando manter o elevado crescimento econômico, com uma meta de cerca de 5%, conforme esperado pelos analistas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Essas promessas foram divulgadas pela agência de notícias estatal Xinhua, após a Conferência Central de Trabalho Econômico, realizada entre os dias 10 e 11 de dezembro. A reunião, conduzida pelo Partido Comunista, definiu a agenda de política econômica e as metas para o próximo ano.
O foco na política fiscal “proativa” busca mitigar preocupações sobre a desaceleração econômica observada no final do ano anterior, um período que não contribuiu para o superávit comercial da China. No entanto, a combinação de estímulo ao consumo e investimento levanta questões sobre a transição da China de um modelo de produção voltado para a exportação para um modelo dependente dos gastos das famílias, uma situação que tem gerado debates entre economistas sobre o futuro do crescimento econômico do país.
A Conferência Central de Trabalho Econômico prometeu ações para “aumentar o consumo” e “elevar a renda dos residentes urbanos e rurais”, visando “liberar o potencial de consumo de serviços”. A Xinhua destacou a “contradição entre a forte oferta doméstica e a demanda fraca” como um desafio persistente.
A política busca reverter o desequilíbrio entre oferta e demanda, um problema que tem sido observado na economia chinesa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Economistas, como Minxiong Liao da GlobalDataTS Lombard APAC, avaliaram a conferência como um foco mais concreto no consumo. A política fiscal deve estimular diretamente o consumo através de subsídios e planos de aumento de renda, como o incentivo à compra de moradias existentes para uso como moradia acessível.
A China estabeleceu metas para o crescimento econômico, o déficit orçamentário, a emissão de dívidas e outras variáveis para o ano seguinte. Essas metas serão acordadas na reunião, mas não serão divulgadas oficialmente até a reunião anual do Parlamento em março.
A China espera manter sua meta de crescimento econômico anual de cerca de 5% no próximo ano, o que exigirá que as autoridades mantenham as políticas fiscais e monetárias abertas para combater a deflação. A expectativa é de que a China implemente um estímulo fiscal mais forte, mantendo seu déficit orçamentário próximo aos níveis atuais, ou aumentando-o ligeiramente, juntamente com o aumento da emissão de dívidas.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!