Democracias liberais alertadas: Trump, Meloni e Bukele sinalizam crise global. A ascensão de lideranças populistas preocupa estabilidade democrática
Nos últimos anos, a ascensão de lideranças populistas tem gerado preocupações sobre a estabilidade das democracias liberais em todo o mundo. Vários eventos, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o crescimento da extrema-direita na Alemanha e a vitória de Giorgia Meloni na Itália, juntamente com o comportamento autoritário de Nayib Bukele em El Salvador e o governo do Partido Comunista na China, sinalizam um alerta sobre o futuro do modelo democrático baseado em liberdade, Estado de Direito e respeito às instituições.
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O liberalismo democrático, que ganhou força após a Segunda Guerra Mundial, historicamente equilibrou direitos individuais com instituições fortes. No entanto, desafios econômicos, desigualdade social e crises institucionais criaram um ambiente de insatisfação e desconfiança, frequentemente explorado por líderes populistas que se apresentam como alternativas ao que percebem como um “sistema corrupto” e às elites políticas tradicionais.
A eleição de Trump em 2016 marcou um ponto de inflexão na polarização da sociedade americana. Seu discurso nacionalista e a constante deslegitimação da imprensa e das instituições democráticas evidenciaram a fragilidade do sistema político dos EUA.
Da mesma forma, o crescimento de partidos de extrema-direita em outros países demonstra que esse fenômeno não se limita a uma região específica.
A crise das democracias liberais se manifesta não apenas na ascensão de governos autocráticos, mas também no descrédito das instituições democráticas. A disseminação de notícias falsas, a manipulação da opinião pública através das redes sociais e os ataques ao judiciário se tornaram ferramentas utilizadas por líderes que desafiam a ordem democrática.
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Apesar desses desafios, a resistência de movimentos civis, da imprensa independente e da própria estrutura institucional das democracias tem atuado como barreiras contra retrocessos mais graves. Alterações de poder, como as derrotas de Trump em 2020, Jair Bolsonaro no Brasil em 2022 e do Kirchnerismo na Argentina em 2023, demonstram que, apesar dos ataques, os sistemas democráticos ainda possuem força.
Mudanças de chefes de estado em países como Uruguai, Coreia do Sul e Noruega ilustram a resiliência da democracia, mesmo em nações desenvolvidas.
As democracias liberais enfrentam desafios significativos, mas ainda não estão em risco de colapso irreversível. O futuro dependerá da capacidade das instituições de se adaptarem a este novo cenário e da resposta das sociedades aos desafios apresentados.
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