Governador do Rio afirma que Estado enfrenta crime organizado sozinho; forças federais não auxiliam.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, respondeu às declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em relação à suposta ausência de apoio federal na operação contra o Comando Vermelho (CV). Em uma cerimônia na Assembleia Legislativa do Ceará, onde receberia o título de Cidadão Cearense, Lewandowski negou ter recebido qualquer pedido do governador para a operação, enfatizando que a situação se manteve inalterada ao longo de seu mandato.
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O ministro ressaltou a importância do planejamento, inteligência e coordenação das forças para o combate à criminalidade, independentemente de sua natureza. Ele expressou solidariedade às famílias dos policiais e civis mortos durante a operação e se colocou à disposição para qualquer auxílio necessário.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apresentou dados que contestam as alegações de falta de apoio. A nota do ministério informou que a Força Nacional foi enviada prontamente ao Estado em resposta a todos os pedidos, detalhando a realização de operações integradas, investimentos e o apoio de agentes federais.
Desde 2023, todas as 11 solicitações de renovação da Força Nacional no Rio de Janeiro foram atendidas. O ministério também destacou a realização de 178 operações da Polícia Federal no Rio de Janeiro em 2025, com 210 prisões e a apreensão de 10 toneladas de drogas e 190 armas de fogo.
Além disso, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu dezenas de milhares de objetos desde 2023, incluindo veículos, armas, munições e drogas.
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O Ministério da Justiça também apresentou informações sobre os recursos financeiros repassados ao Estado, revelando que o Fundo Penitenciário Nacional repassou mais de R$ 99 milhões entre 2016 e 2024, com um saldo de R$ 174 milhões não utilizado dos repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Além disso, o ministério mencionou acordos de cooperação firmados entre as administrações, como a integração do Estado à Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) e à Rede Nacional de Recuperação de Ativos de Facções Criminosas (Recupera), além de um acordo para a criação da Célula Integrada de Localização e Captura de Foragidos e do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA).
O ministério também informou que, em 5 de fevereiro deste ano, o governador Cláudio Castro esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública para uma reunião com Ricardo Lewandowski. Na ocasião, o ministro ofereceu dez vagas em presídios federais para alocar lideranças criminosas do Rio de Janeiro.
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