O leilão das áreas não contratadas do pré-sal, realizado na quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, pela Pré-Sal Petróleo S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo, obteve uma arrecadação de R$ 8,79 bilhões. O resultado apresentou uma diferença significativa em relação às projeções da equipe econômica, que esperava R$ 14,78 bilhões, representando uma lacuna de aproximadamente 40%.
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O certame visava a comercialização de percentuais remanescentes da União nas jazidas de Mero, Atapu e Tupi, localizadas na Bacia de Santos.
Apenas dois lotes receberam propostas, com um consórcio formado pela Petrobras e Shell sendo o único a participar da disputa. No campo de Mero, a maior área do leilão, a oferta vencedora foi de R$ 7,79 bilhões, com um ágio de 1,9% sobre o valor mínimo de R$ 7,64 bilhões.
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Para a jazida de Atapu, a proposta foi de R$ 1 bilhão, um aumento de 16% em relação ao valor mínimo de R$ 863 milhões.
O lote referente à jazida de Tupi, considerada o maior campo produtor do país, não recebeu propostas. O edital previa uma oferta mínima de R$ 1,69 bilhão. O governo havia projetado um valor de arrecadação superior a R$ 15 bilhões durante a tramitação da autorização no Congresso.
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A assinatura dos contratos está prevista para até 4 de março de 2026. A empresa vencedora integrará os consórcios operacionais a partir de março de 2027.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou ressalvas sobre o leilão, solicitando uma análise mais aprofundada das justificativas para a antecipação das receitas da União. O ministro Bruno Dantas destacou a influência da “urgência fiscal” na decisão.
O TCU alertou o Ministério de Minas e Energia (MME) para a necessidade de estudos comparativos sobre alternativas de financiamento da União e sobre os riscos em previsões orçamentárias baseadas em receitas incertas.
