Leandro Almada Costa detalha depoimento na CPI sobre crime organizado. Diretor da Polícia Federal aponta descapitalização de facções e Ficco como pilares
Este documento apresenta uma reconstrução do depoimento do diretor de Inteligência da Polícia Federal, Leandro Almada Costa, durante uma audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o crime organizado.
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O diretor enfatizou que a luta contra o crime organizado se baseia em três pilares principais: a descapitalização das facções criminosas, a prisão e o isolamento de seus líderes e a promoção da cooperação nacional e internacional.
A estratégia central é a formação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúne policiais federais, estaduais e penitenciários, buscando uma atuação coordenada e eficiente.
A integração das forças policiais é vista como essencial para a “sobrevivência” no combate ao crime, exigindo uma abordagem pragmática e livre de “vaidades”. A Ficco é o principal instrumento para essa integração, permitindo o compartilhamento de informações e a realização de operações conjuntas.
A cooperação com outros países, especialmente Colômbia e Peru, é considerada fundamental, embora existam desafios pontuais no compartilhamento de informações.
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O diretor criticou decisões do Poder Judiciário que, em sua visão, desconectam a realidade social do combate ao crime organizado, citando o exemplo da liberdade provisória concedida a um líder de facção após a reconstrução de uma fábrica de fuzis.
Ele também apontou a necessidade de investimento em tecnologia e infraestrutura, incluindo a digitalização de cenas de crime e a criação de bancos de dados integrados.
O diretor destacou o surgimento de novas ameaças, como o uso de criptomoedas e fintechs pelo crime organizado, e a necessidade de regulamentação desses mercados.
Ele ressaltou a importância de fortalecer a Polícia Federal, garantindo financiamento adequado e evitando alterações legislativas que possam enfraquecê-la.
O depoimento do diretor de Inteligência da Polícia Federal revelou a complexidade do combate ao crime organizado, a necessidade de uma abordagem integrada e a importância de enfrentar os desafios com recursos e apoio institucional adequados.
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