O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, declarou sua disposição para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, com o objetivo de discutir o conflito na Ucrânia. A informação foi divulgada em entrevista à agência estatal russa, conforme noticiado por .

Lavrov ressaltou a necessidade de comunicação regular entre as duas nações, mesmo diante das tensões geopolíticas atuais.

Interesse em Diálogo Bilateral

O ministro russo enfatizou a importância de abordar a questão ucraniana e promover a agenda bilateral. Ele mencionou que as conversas telefônicas e a prontidão para reuniões presenciais são cruciais para o diálogo. A Rússia busca estabelecer canais de comunicação para discutir o conflito e buscar soluções.

Condições Russas para o Fim da Guerra

Lavrov esclareceu que a Rússia não abriria mão de suas condições centrais para pôr fim à guerra. Essas condições incluem a renúncia de Kiev aos planos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a retirada de tropas ucranianas das quatro províncias que Moscou reivindica: Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, conhecidas como Donbass, além de Kherson e Zaporizhzhia, no sul.

Referência a Acordos Anteriores e Propostas

O ministro russo mencionou que os “entendimentos” alcançados entre Putin e Trump durante a basearam-se nas em junho de 2024 e em propostas do enviado de Trump, Steve Witkoff. A Rússia aguarda a confirmação dos Estados Unidos de que os acordos de Anchorage (no Alasca) permanecem em vigor.

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Território e Identidade

Lavrov também afirmou que “ninguém questiona a integridade territorial da Rússia e a escolha dos residentes de Crimeia, Donbass e Novorossiya de se reunirem com sua ‘pátria histórica’”. Novorossiya é um termo usado pelos russos para designar uma faixa do sudeste da Ucrânia que se tornou parte do império czarista nos séculos 18 e 19.

Análise de Propostas Americanas

O ministro russo também informou que os Estados Unidos comunicaram a Moscou que estão analisando a proposta de Putin para manter as limitações do Tratado de Redução de Armas Estratégicas após seu vencimento, marcado para fevereiro de 2026.