Kremlin desmente reunião trilateral entre Kiev, Washington e Putin nas negociações da Ucrânia

Kremlin nega reunião trilateral entre Kiev, Washington e busca soluções para conflito na Ucrânia. Diálogos em Miami com mediação de Steve Witkoff

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(Imagem de reprodução da internet).

Kremlin Nega Reunião Trilateral com Kiev e Washington

O Kremlin negou oficialmente a organização de uma reunião trilateral envolvendo representantes de Kiev e dos Estados Unidos. O anúncio foi feito em meio a diálogos contínuos em Miami, buscando soluções para o conflito que já entra em seu quinto ano.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia sugerido a iniciativa, visando as primeiras negociações diretas com Moscou em meio período.

O assessor diplomático da Presidência russa, Yuri Ushakov, declarou que “ninguém falou seriamente sobre essa iniciativa e, que eu saiba, não está sendo organizada”. A declaração foi feita após a proposta ter surgido, gerando expectativas sobre um novo cenário nas negociações.

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Diálogos em Miami e Perspectivas

Em Miami, representantes ucranianos e europeus, com a mediação do enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e do genro do presidente dos EUA, Jared Kushner, continuam as discussões. O enviado russo Kirill Dmitriev chegou no sábado para apresentar um relatório e determinar os próximos passos.

Ushakov assegurou que “não viu” a nova proposta americana, elaborada após um encontro entre Washington e os enviados ucranianos e europeus. Os Estados Unidos apresentaram um plano para encerrar a guerra há mais de um mês, mas a Ucrânia e seus aliados europeus consideraram o texto favorável às exigências do Kremlin.

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Diálogo entre Putin e Macron

As últimas conversas diretas entre enviados ucranianos e russos foram em julho, em Istambul. A participação de russos e europeus nas negociações em Miami representa um avanço em relação à fase anterior, na qual os americanos mantiveram negociações separadas.

No entanto, as tensões entre as partes lançam dúvidas sobre a viabilidade de conversas diretas entre a Ucrânia e a Rússia.

Putin manifestou disposição para falar com o presidente francês Emmanuel Macron, que já conversou com o líder russo por telefone nos meses que antecederam e após a invasão. “Portanto, se existir vontade política mútua, isso só pode ser avaliado de forma positiva”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Situação no Campo de Batalha

As tropas russas aceleraram suas conquistas este ano na frente ucraniana, controlando aproximadamente 19% do território. Em uma semana, a Rússia lançou cerca de 1.300 drones de ataque e quase 1.200 bombas aéreas guiadas contra a Ucrânia, com destaque para os impactos na região de Odessa e no sul do país.

Emmanuel Macron afirmou que a disposição para o diálogo manifestada por Putin é “bem-vinda”.

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