Kamala Harris relata conflitos internos no Partido Democrata em livro de memórias, revelados pelo Poder360.
A ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris (Partido Democrata), lançou em 23 de setembro o livro de memórias “107 Days” (“107 Dias”), que detalha sua campanha à Casa Branca – uma das mais curtas da história do país – e sua derrota para o atual presidente Donald Trump (Partido Republicano).
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O livro relata os desafios enfrentados dentro do Partido Democrata, incluindo desconfianças e desrespeitos, bem como as dificuldades de conduzir uma campanha de última hora, decorrente da renúncia do ex-presidente Joe Biden à reeleição.
O título do livro faz referência ao período entre a oficialização da candidatura de Harris até a data da votação. Para a democrata, seu partido a colocava à margem de Joe Biden, que ainda era presidente e candidato à reeleição até julho de 2024.
Harris descreve a decisão da equipe de Biden de permanecer na disputa como “imprudente”, argumentando que essa escolha deveria ter sido mais do que uma decisão pessoal.
Harris revela que Pete Buttigieg, ex-secretário de Transportes dos EUA, era sua primeira escolha para o cargo de vice. No entanto, ela pondera que “Ele teria sido um parceiro ideal –se eu fosse um homem branco e heterossexual”.
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A democrata acredita que essa escolha representaria um risco excessivo, considerando a composição da chapa: uma mulher negra e um homem gay. Por isso, optou pelo governador do Minnesota, Tim Walz, avaliado como mais comedido e ideal para a busca por estabilidade.
Harris dedica um capítulo do livro à campanha do candidato republicano, que utilizou o slogan “Kamala is for they/them. President Donald Trump is for you” (“Kamala é para elus. O presidente Donald Trump é para você”).
A democrata avalia que a propaganda republicana foi eficiente e difícil de contra-atacar, devido à posição de Trump como ativista dos direitos LGBTQIA+ e filho de imigrantes.
Harris admite erros na campanha, como o incidente no talk show The View, em que, questionada sobre o que teria feito diferente de Biden, respondeu: “Não há nada que me venha à mente”.
Essa frase se tornou um mote da campanha de Trump, que tentou minimizar as diferenças entre Harris e Biden.
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