Justiça Federal mantém interdição da Refinaria de Manguinhos após decisão

Justiça Federal mantém interdição da Refinaria de Manguinhos após Refit apresentar argumentos sem provas concretas. Decisão do juiz Renato Coelho Borelli.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Justiça Federal da 1ª Região indeferiu dois pedidos da Refit, empresa responsável pela Refinaria de Manguinhos (RJ), buscando reverter a interdição determinada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante ações de fiscalização.

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As decisões foram proferidas pelo juiz Renato Coelho Borelli, da 4ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, e publicadas na quarta-feira, 3 de dezembro de 2025. O documento completo está disponível em formato PDF (43 kB).

Primeiro Pedido: Exclusão de Diretores da ANP

No primeiro processo, a Refit tentava impedir que os diretores Pietro Mendes e Symone Araújo da ANP participassem das deliberações relacionadas ao processo administrativo que levou à interdição da refinaria. A empresa argumentava que os diretores tinham “interesse pessoal” no caso, devido à sua menção em uma investigação da Polícia Federal e em uma ação judicial movida pela própria Refit.

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Análise do Juiz e Ausência de Provas Concretas

O juiz Renato Coelho Borelli rejeitou os argumentos da Refit, considerando que não havia provas de uma decisão final no processo administrativo nem risco iminente que justificasse a intervenção do Judiciário. Segundo ele, a empresa apenas apresentou alegações abstratas de prejuízo, sem comprovar a existência de um ato concreto capaz de alterar imediatamente sua situação jurídica.

Segunda Ação: Desbloqueio da Torre de Destilação

Em outro processo, a Refit buscava o desbloqueio da torre de destilação da refinaria, uma das 11 unidades interditadas pela ANP em setembro. Apesar da liberação das outras 10 unidades após o cumprimento de certas condições, a torre permaneceu bloqueada, considerada essencial para o processo de refino.

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A empresa alegava riscos operacionais e a necessidade de recuperar sua situação financeira, em curso de recuperação judicial.

Decisão Final e Transparência do Processo

Novamente, o juiz Borelli não encontrou evidências de risco concreto ou irreparável. A decisão também reiterou trechos do primeiro processo, enfatizando a falta de urgência real na situação. A ação seguirá com tramitação pública e sem segredo de justiça, conforme determinação do magistrado.

Conclusão

A Justiça Federal manteve a interdição da Refinaria de Manguinhos, com base na análise da ANP e na ausência de provas concretas apresentadas pela Refit. O caso segue em tramitação pública, com foco na transparência do processo e no cumprimento das determinações regulatórias.

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