Juros do rotativo assaltam consumidores! Banco Central aponta 451,5% ao ano. Descubra como evitar a armadilha e negocie dívidas.
Ter um cartão de crédito oferece conveniência, permitindo parcelar compras e lidar com imprevistos. No entanto, essa praticidade pode se transformar em um problema quando o consumidor não consegue pagar a fatura integralmente. O crédito rotativo, uma das modalidades financeiras mais caras do mercado brasileiro, surge como uma alternativa, mas com taxas elevadas.
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Em agosto, os juros dessa linha atingiram 451,5% ao ano, segundo dados do Banco Central, evidenciando os riscos associados.
O mecanismo do rotativo começa quando o consumidor opta por pagar apenas uma parte da fatura, seja o valor mínimo (geralmente 15% do total) ou qualquer quantia inferior ao valor integral. Nesse caso, o saldo devedor é transformado em um prazo de 30 dias.
Durante esse período, os juros incidem de forma composta sobre o valor não quitado, o que acelera o crescimento da dívida. Após o prazo de 30 dias no rotativo, as instituições financeiras são obrigadas a parcelar automaticamente a dívida.
Em agosto, a taxa do cartão parcelado ficou em 180,7% ao ano, representando uma queda de 2,7 pontos percentuais no mês e de 1,6 ponto percentual em 12 meses. Embora essa taxa ainda seja considerada elevada, quando comparada aos 451,5% ao ano do rotativo, o parcelamento automático se mostra uma opção menos onerosa.
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Ambas as modalidades devem ser evitadas sempre que possível.
A recomendação é sempre evitar cair na armadilha do rotativo, pois essa modalidade tende a se tornar uma bola de neve, sendo uma das maneiras mais rápidas de atingir a inadimplência. As principais orientações incluem: Pagar o valor total da fatura no vencimento – elimina completamente a incidência de juros e melhora o histórico de crédito.
Acompanhar os gastos em tempo real – seja pelo aplicativo do banco ou por planilha de controle, permite identificar quando os gastos ultrapassam a capacidade de pagamento. Definir um limite compatível com a renda – evita o risco de acumular dívidas superiores à capacidade financeira real.
Construir uma reserva de emergência – equivalente a três ou seis meses de despesas, funciona como proteção contra imprevistos sem necessidade de recorrer ao crédito caro. Revisar gastos mensais – identificar despesas que podem ser reduzidas ou eliminadas, liberando recursos para o pagamento integral da fatura.
Para quem já contraiu dívida no rotativo, a orientação é agir rapidamente. O primeiro passo é verificar todas as condições: saldo pendente e taxas adicionais cobradas pela instituição financeira. Uma alternativa é negociar diretamente com o banco para obter parcelamento com juros menores.
Algumas instituições oferecem flexibilidade quando o cliente demonstra disposição para regularizar a situação antes do prazo de 30 dias. Outras opções envolvem trocar a dívida por modalidades com taxas inferiores: Empréstimo pessoal – apresenta juros menores que o rotativo, embora ainda elevados.
Empréstimo com garantia de imóvel ou veículo – pode ter taxas até 12 vezes menores que as do rotativo. Microcrédito – para valores até R$ 3.500, pode ser uma opção acessível mesmo para quem tem score baixo. Após quitar o empréstimo, é importante também ajustar os hábitos de consumo e identificar onde está sendo o gargalo das dívidas.
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