Deputado Criticando Gastos Adicionais em Angra 3
O presidente da Frente Parlamentar de Energia Nuclear, deputado Julio Lopes (PP-RJ), manifestou sua forte crítica ao relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de 7 de outubro de 2025, que aponta para um “gasto extra” de R$ 43 bilhões na continuidade das obras para a conclusão da Usina Nuclear de Angra 3. O deputado expressou sua discordância com a discussão sobre custos alternativos de geração de energia, enfatizando a importância do fator de potência de cada fonte de energia. Lopes argumentou que a situação se assemelha a uma “brincadeira” e que a não conclusão da usina pode ser considerada um crime contra a economia e o sistema elétrico do país.
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Retomada de Angra 3 e Recomendações do TCU
O deputado defende a retomada da obra de Angra 3, que possui 63% de conclusão e uma capacidade instalada de 1.400 megawatts, suficiente para atender 70% da demanda elétrica do Rio de Janeiro. O relatório do TCU sugere que a retomada das obras pode elevar os custos da energia elétrica, a menos que sejam implementadas medidas para garantir a competitividade no preço da geração. O tribunal recomenda uma reavaliação do projeto com base em novos estudos técnicos e econômicos antes de novos investimentos.
Análise do Relatório do TCU
O relatório do TCU, resultante de uma auditoria sobre o modelo de financiamento e a gestão do projeto, identificou que os custos estimados para a conclusão da usina ultrapassam R$ 20 bilhões. O tribunal também destacou os riscos de onerar os consumidores se o retorno financeiro não for adequadamente dimensionado. A corte de contas exige que a Eletronuclear revise o cronograma de execução e os mecanismos de contratação, assegurando transparência e segurança jurídica no processo.
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Resolução do CNPE e Novos Estudos
Em 1º de outubro de 2025, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução que exige que a Eletronuclear e o BNDES revisem e completem os estudos econômico-financeiros que embasam a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. Os novos levantamentos devem contemplar pelo menos três cenários distintos: a continuidade do projeto com participação privada, a finalização apenas com recursos públicos, e o custo de abandono do empreendimento, considerando o impacto financeiro para todas as partes envolvidas.
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