Julio Casares enfrenta escândalo no São Paulo: venda irregular de camarotes revelada em gravações. Douglas Schwartzmann e Mara Casares envolvidos. Investigações e possíveis acusações de estelionato
Em 16 de março, Julio Casares, presidente do São Paulo, emitiu uma declaração após a divulgação de gravações que envolvem o clube em um escândalo envolvendo a venda irregular de camarotes. As gravações, obtidas pelo site Ge.com, revelam o envolvimento de figuras-chave, incluindo o diretor adjunto das categorias de base, Douglas Schwartzmann, e a diretora feminina, cultural e de eventos, Mara Casares.
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O caso central gira em torno da utilização do camarote 3A, identificado internamente como “sala presidencial”, que foi cedido a uma intermediária, Rita de Cassia Adriana Prado, responsável por explorar comercialmente o espaço durante o show da cantora Shakira em fevereiro.
Os ingressos foram vendidos por até R$ 2,1 mil, gerando um faturamento estimado em R$ 132 mil. A situação se agravou com a possível ação judicial movida por Adriana, que alega ter sido privada de ingressos e que Carolina Lima Cassemiro, da “Cassemiro Eventos Ltda”, teria retido um envelope com 60 ingressos sem autorização.
Diante da gravidade da situação, o São Paulo iniciou uma investigação em duas frentes. A primeira, conduzida pelo departamento de compliance, busca esclarecer os fatos internamente. A segunda, e crucial, é uma auditoria externa, com o objetivo de evitar qualquer influência política ou de poder.
Todos os envolvidos serão ouvidos, e um relatório final fornecerá ao clube as considerações e orientações para os próximos passos.
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Mara Casares reconheceu que o espaço foi cedido a Adriana Prado, mas negou ter recebido qualquer benefício financeiro. Ela afirmou que a cessão ocorreu de forma pontual e baseada em uma relação de confiança. Douglas Schwartzmann foi citado na gravação para auxiliar na tentativa de resolver o conflito.
Marcio Carlomagno, responsável por autorizar a cessão do camarote, declarou ter sido surpreendido e negou o uso clandestino. Carolina Lima Cassemiro alegou ter sido enganada e que cumpriu o acordo firmado.
O estatuto do São Paulo prevê punições que variam de advertência à perda de mandato e inelegibilidade para condutas que causem dano à imagem do clube. Advogados consultados pela reportagem do GetV avaliam que o caso pode configurar estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão e multa.
Conselheiros de oposição à gestão de Julio Casares também estão acompanhando o caso.
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