Justiça transfere 7 líderes de facção para presídios federais após Operação Contenção. Decisão do juiz Rafael Estrela Nóbrega visa impedir comunicação entre presos e organizações criminosas
A Justiça determinou nesta terça-feira (4) a transferência de sete presos apontados como líderes de organizações criminosas para presídios federais. A decisão foi proferida pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, titular da Vara de Execuções Penais (VEP), em resposta a um pedido do governo estadual, decorrente da Operação Contenção, ocorrida em 28 de outubro e que resultou em 121 mortes nos complexos penitenciários da Penha e do Alemão.
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Os indivíduos envolvidos já possuíam condenações por tráfico de drogas antes da operação. A lista inclui Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho, com pena de 81 anos, 4 meses e 20 dias; Carlos Vinicius Lírio da Silva, o Cabeça do Sabão, com pena de 60 anos, 4 meses e 4 dias; Eliezer Miranda Joaquim, o Criam, condenado a 100 anos, 10 meses e 20 dias; Fabrício de Melo Jesus, o Bicinho, com pena de 65 anos, 8 meses e 26 dias; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, com pena de 35 anos, 5 meses e 26 dias; Alexander de Jesus Carlos, o Choque, com pena de 34 anos e 6 meses; Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha, com pena de 50 anos, 2 meses e 20 dias.
O magistrado solicitou à Secretaria de Polícia Civil informações adicionais sobre Wagner Teixeira Carlos e Leonardo Farinazzo Pampuri, o Léo Barrão, que serão encaminhados em até cinco dias. O caso do cabo da Marinha Riam Maurício Tavares Mota, acusado de operar drones para a facção, será analisado pelo juízo de Organização Criminosa, responsável por determinar sua transferência.
Segundo o juiz Rafael Estrela Nóbrega, a medida visa impedir a comunicação entre os detentos e suas organizações criminosas. “A inclusão em estabelecimento federal de segurança máxima visa, precisamente, interromper a comunicação ilícita entre o preso e sua organização criminosa, garantindo a segregação qualificada e restabelecendo a efetividade da função preventiva e repressiva da pena”, afirmou na decisão.
Os sete presos permanecerão em um presídio estadual de segurança máxima até a efetivação da transferência. A data e o destino das remoções não foram divulgados.
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