Jovens nos EUA enfrentam crise financeira: estudo aponta dificuldades para 22-28 anos. Impacto de US$ 12 bilhões na economia americana.
Um relatório da Oxford Economics, divulgado pela revista Fortune, aponta um período de dificuldades financeiras para jovens adultos nos Estados Unidos, entre 22 e 28 anos. O estudo estima um impacto anual de US$ 12 bilhões na economia americana, devido a mudanças nos hábitos de consumo e padrões de moradia.
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O levantamento revela que essa faixa etária permanece por mais tempo na casa dos pais, reduzindo gastos com moradia, transporte e alimentação. A situação se agrava com a estagnação nas contratações e baixo crescimento salarial, limitando a entrada no mercado de trabalho e as oportunidades de progressão profissional.
A taxa de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos permanece acima da média nacional, com índices de 14% e 9% para os grupos de 19 a 24 anos, segundo dados do estudo. A Oxford Economics identifica três causas principais para essa situação: recém-formados em busca de emprego, jovens em posições temporárias e trabalhadores demitidos após cortes de pessoal.
O estudo também destaca a queda na mobilidade profissional, um fenômeno comum em ciclos de expansão econômica. Tradicionalmente, jovens trocam de emprego com frequência, buscando novas experiências e aumentando seus salários. No entanto, essa dinâmica está estagnada atualmente.
A dificuldade em avançar na carreira influencia diretamente a estrutura familiar. O relatório estima que 1 milhão de jovens adultos a mais vivem com os pais em comparação ao período pré-pandemia. Dados do Federal Reserve de Nova York indicam que essa mudança no padrão de moradia reduz gastos com aluguel, contas e alimentação.
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A Oxford Economics ressalta que esse comportamento não é inédito. Durante a Grande Recessão, a porcentagem de jovens entre 22 e 28 anos vivendo com os pais subiu para 32% e permaneceu elevada por anos. Salários baixos no início da carreira e a restrição de crédito contribuíram para um atraso na independência financeira.
Apesar disso, 55% dos millennials já possuem casa própria em 2025, apesar dos altos preços e das políticas do Federal Reserve.
Para a Geração Z, a percepção negativa sobre o mercado de trabalho pode continuar a restringir o consumo até que as condições melhorem, segundo a Fortune.
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