Jovens assassinadas em direto na Argentina: Prisões e protestos após horroroso crime

Adolescentes são mortas em ataque chocante de facção criminosa em Buenos Aires: prisões e protestos.

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AME2799. BUENOS AIRES (ARGENTINA), 26/09/2025.- Fotografía aérea que muestra personas asistiendo al funeral de Brenda del Castillo y Morena Verdi, víctimas de feminicidio, en el cementerio Las Praderas este viernes, en Buenos Aires (Argentina). Las tres jóvenes víctimas del triple feminicidio perpetuado en la noche del 19 de septiembre en la provincia de Buenos Aires fueron enterradas en una ceremonia íntima, mientras prosigue la investigación de un caso que las autoridades relacionan con una banda del narcotráfico y ha conmocionado al país. EFE/ Adan González

Trágico Assassinato de Jovens Mulheres na Argentina

O brutal assassinato de três jovens mulheres, transmitido ao vivo em uma rede social, chocou a Argentina e expôs mais uma vez a violência ligada ao narcotráfico no país. As vítimas – duas de 20 anos e uma de 15 – desapareceram no dia 19 de setembro e foram encontradas mortas cinco dias depois, enterradas em uma casa na periferia de Buenos Aires.

Detalhes Sobre as Vítimas

Brenda Del Castillo, 20 anos – mãe de uma criança pequena – foi morta com golpes no rosto e no crânio, além de ferimentos no abdômen. Morena Verdi, 20 anos – prima de Brenda; morreu após ser espancada e ter o pescoço quebrado. Lara Gutiérrez, 15 anos – a mais jovem do grupo; sofreu mutilações antes de ser assassinada com golpes no pescoço.

O Crime e as Circunstâncias

As três jovens eram moradoras do distrito de La Matanza, região populosa da província de Buenos Aires. Segundo familiares, recorriam a trabalhos ocasionais como forma de sustento. Elas entraram voluntariamente em uma caminhonete na noite de 19 de setembro, após receberem a promessa de participar de uma festa e receber pagamento. Elas foram levadas a uma casa em Florencio Varela, onde acabaram em uma emboscada. Segundo a investigação, foram submetidas a uma sessão de tortura transmitida em tempo real a um grupo fechado no Instagram, assistido por cerca de 45 pessoas.

Investigações e Acusações

Durante a transmissão, um dos criminosos teria dito: “É isso que acontece com quem rouba droga”. Os laudos apontam que as mortes ocorreram na mesma noite do desaparecimento. Autoridades acreditam que o crime foi uma punição mafiosa ligada ao narcotráfico. A hipótese principal é que as jovens tenham sido acusadas de roubar drogas da facção responsável. O ministro da Segurança da província, Javier Alonso, afirmou que “tudo é possível” e descreveu o ataque como um “ato de disciplinamento” dentro da organização criminosa.

Suspeitos e Desdobramentos

Ao menos 12 pessoas foram presas até agora, incluindo suspeitos que confessaram envolvimento. O principal acusado, identificado como “Pequeño J” ou “Julito”, de cerca de 23 anos, segue foragido. A casa onde os corpos foram encontrados estaria ligada a uma rede de narcotráfico com atuação em vários bairros da capital argentina.

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Repercussão e Protestos

O caso provocou forte comoção na Argentina. Familiares denunciaram que as jovens foram vítimas de um “sistema” que as empurrava para situações de vulnerabilidade. Coletivos feministas e organizações de direitos humanos convocaram uma grande marcha para o sábado (27) em Buenos Aires, com o lema: “Não há vítimas boas ou ruins, há feminicídios. Nenhuma vida é descartável”.

Declarações e Próximos Passos

O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, declarou que o narcotráfico “não conhece fronteiras nem jurisdições, e ainda exerce todas as formas de violência sexista”. A Justiça argentina deve avaliar as acusações contra os detidos e intensificar as buscas por Julito, apontado como chefe da organização criminosa. O caso aumentou a pressão sobre o governo para adotar medidas mais duras contra o narcotráfico e reforçar políticas de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.

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