Deputado José Luis Espert abandona disputa de 26 de outubro, acusa perseguição pela imprensa; detalhes no Poder360.
O deputado argentino José Luis Espert (La Libertad Avanza, direita) anunciou neste domingo (5.out.2025) que desistiu de buscar um novo mandato na Câmara. A decisão se deu após a suspeita de que o congressista teria recebido dinheiro proveniente do narcotráfico. A situação complexa envolve acusações e alegações de inocência, gerando instabilidade política no país.
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A crise se intensificou na quinta-feira (2.out), quando o jornal La Nación publicou extratos que indicam o pagamento de US$ 200 mil feitos por Fred Machado a Espert. Machado é acusado de envolvimento com o narcotráfico e está em prisão domiciliar. A medida gerou grande repercussão e contribuiu para a decisão do deputado de se afastar da disputa eleitoral.
Espert alega inocência, afirmando ser vítima de um “implacável julgamento midiático”. Em sua declaração, o deputado enfatiza a necessidade de provar sua inocência perante os tribunais, sem imunidades ou privilégios. Ele acredita que a situação é uma “grande mentira” destinada a manchar o processo eleitoral e impedir a discussão sobre o futuro da Argentina.
As eleições legislativas de outubro serão um teste crucial para o governo de Javier Milei. Estão em jogo metade das cadeiras da Câmara (127 de 257) e 1/3 dos assentos no Senado (24 de 72). Atualmente, a coalizão governista de Milei tem minoria no Congresso. Na Casa Baixa, são 85 deputados, sendo 40 da Libertad Avanza. Na Casa Alta, o governo tem 13 e o partido do presidente, 6. A renúncia de Espert também representa um baque para a Casa Rosada, sede da Presidência da Argentina, por se tratar do principal candidato da aliança no maior colégio eleitoral da província de Buenos Aires.
A Província de Buenos Aires – que não engloba a capital de mesmo nome – possui 70 vagas para a Câmara. La Libertad Avanza tem apenas 9 desses 70 assentos. O domínio é da coalizão peronista Unión por la Patria, da ex-presidente Cristina Kirchner, com 31 deputados na província. Em setembro, Milei já sofreu sua 1ª derrota eleitoral nas eleições locais da Província de Buenos Aires, onde o grupo kirchnerista obteve 21 deputados provinciais, enquanto a aliança do presidente obteve 19 cadeiras.
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