O empresário José Batista Júnior, conhecido como Júnior Friboi, afirmou em Londres, no fórum Lide Brasil Reino Unido, que o governo dos Estados Unidos recebeu “muita conversa distorcida” que pode ter influenciado na adoção de tarifas a vários produtos brasileiros em 9 de julho de 2025.

Segundo Friboi, uma reunião entre seu irmão, Joesley, e representantes do governo americano, incluindo o então presidente dos EUA, apresentou o Brasil como um país “pacífico” e “importante” para a América Latina e a América do Norte.

Friboi detalhou que o governo americano, após ouvir esses argumentos, “deram toda a atenção” e interpretaram como concordância. Ele enfatizou que o Brasil é considerado um país “pacífico” e de grande relevância para a região. A conversa visava tranquilizar os interlocutores sobre a situação política e econômica do país.

O empresário, fundador da JBJ Agropecuária, mencionou que a “divisão política” e tentativas de “voltar ao poder” podem ter influenciado no repasse de informações distorcidas a Trump e sua equipe. Ele não acusou diretamente alguém de engano, mas ressaltou a polarização política no Brasil como um fator relevante.

Friboi também afirmou que Trump, após a conversa com Joesley, considerou que seria favorável encontrar o então presidente Lula para “fazer bons negócios e voltar a ter um bom relacionamento” entre Brasil e EUA. Ele destacou que muitas informações apresentadas ao governo americano não refletiam a realidade do cenário brasileiro.

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O empresário ressaltou que, apesar das tarifas impostas pelos Estados Unidos, houve uma abertura de novos mercados para a carne e outros produtos brasileiros. Ele observou que a situação impulsionou a busca por fornecedores brasileiros em outros países.

O evento Lide Brasil Reino Unido, realizado no hotel The Savoy em Londres, reuniu empresários e autoridades dos dois países. O (Grupo de Líderes Empresariais) promoveu debates sobre economia e oportunidades de investimentos. Participaram, entre outros, o ex-presidente Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central e senadores e deputados dos partidos PSD, PL e União Brasil.