Jorge Jesus revolucionou o futebol com sua coragem em intervir cedo, mudando a forma de encarar substituições no Brasil e Sulamérica.
Em 2019, Jorge Jesus impactou profundamente a cultura do futebol brasileiro, revolucionando a forma como os treinadores lidavam com substituições. A marca registrada do técnico português era a coragem de intervir antes dos 40 minutos do primeiro tempo, mesmo quando o time apresentava dificuldades táticas.
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Era comum observar alterações no time já aos 30 ou 35 minutos, quando o “plano A” não se concretizava. Essa abordagem, que lembrava a adotada por Pep Guardiola no Manchester City, visava a rápida adaptação do time, evitando desvantagens no intervalo ou a completa perda de controle do jogo.
No Brasil e em grande parte do futebol sul-americano, ainda se observam treinadores que demonstram resistência em realizar mudanças no primeiro tempo. Situações como um time engolido no meio-campo, laterais perdidos e um ataque isolado, sem resultados, frequentemente resultavam em decisões tardias, após os 60, 65 ou 70 minutos.
Essas decisões tardias geralmente se justificavam por duas razões: teimosia excessiva, baseada na crença de que a estratégia original funcionaria, ou pela falta de repertório tático, que limitava as opções do treinador. Com as cinco substituições permitidas, esperar pelo segundo tempo para “virar a chave” tornou-se um luxo inatingível no futebol moderno.
Mesmo que a intervenção surtisse efeito, o tempo perdido e os pontos desperdiçados eram frequentes. A necessidade de versatilidade dos jogadores no banco de reservas se tornou crucial para clubes que almejavam títulos.
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Em 2025, a tendência é que jogadores com habilidades limitadas a uma única função se tornem cada vez menos relevantes. O “especialista limitado”, apesar de sua qualidade técnica em sua posição, pode se tornar um peso morto no elenco, especialmente em clubes que buscam a excelência tática.
A mensagem de Jorge Jesus, estabelecida em 2019, permanece atual: a coragem para intervir cedo e a inteligência para ter jogadores que possam alterar o curso do jogo, e não apenas ocupar espaço no banco.
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