Jeff Haden propõe 5 perguntas simples para identificar inteligência emocional. A mudança de “pedir feedback” para “buscar conselhos” gera 56% mais sugestões.
Por muito tempo, a inteligência emocional foi vista como um aspecto secundário no ambiente profissional, considerado um diferencial, mas não essencial. No entanto, essa percepção mudou com a crescente valorização de ambientes colaborativos e lideranças que demonstram empatia, utilizando a comunicação não-violenta.
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A questão é: como identificar se você possui essa habilidade? Em vez de depender de avaliações complexas, o colunista Jeff Haden propõe uma abordagem direta: responder a cinco perguntas simples.
Uma pergunta fundamental é: você costuma pedir conselhos em vez de buscar feedback? Muitas pessoas afirmam estar abertas a críticas, especialmente de figuras de autoridade, mas na prática, a recepção de críticas é frequentemente desconfortável para todos os envolvidos.
Quem oferece o feedback também sente esse desconforto, o que muitas vezes resulta em respostas genéricas e pouco úteis. Ao invés de solicitar “feedback”, procure por conselhos, uma abordagem que demonstra respeito pela experiência da outra pessoa e a coloca em uma posição de colaboração, e não de julgamento.
Pesquisas da Harvard Business School revelaram que essa mudança de abordagem pode gerar até 56% mais sugestões concretas de melhoria.
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Outra questão importante é: você valoriza críticas, mesmo quando não gosta delas? Ninguém aprecia críticas, mas a capacidade de separar o conteúdo da crítica do impacto emocional imediato é crucial. Em vez de rejeitar ou ignorar um feedback negativo, é importante refletir sobre ele e buscar aprendizados.
Estudos indicam que críticas avaliativas, direcionadas a algo que já foi realizado, têm maior probabilidade de serem lembradas e utilizadas do que as críticas direcionadas ao futuro.
Uma prática comum é: você elogia com frequência? A maioria dos profissionais se sente insatisfeita com a falta de reconhecimento no ambiente de trabalho. Estima-se que dois em cada três profissionais se sentem insatisfeitos com a falta de elogios.
Pessoas emocionalmente inteligentes escolhem elogiar os outros, mesmo que não estejam sendo reconhecidas, incluindo colegas, líderes e até mesmo pessoas desconhecidas. O reconhecimento inesperado pode ter um impacto significativo, e quem pratica o elogio genuíno constrói conexões mais fortes e ambientes mais saudáveis.
Para líderes, a frase “eu errei” pode parecer um risco à autoridade. No entanto, segundo o autor Daniel Coyle, essa é uma das afirmações mais poderosas na construção de times fortes e culturas saudáveis. Assumir falhas com naturalidade gera um ciclo de vulnerabilidade que fortalece a confiança.
Quando um líder admite que errou, ele convida os outros a fazerem o mesmo, eliminando a cultura do medo e abrindo espaço para a melhoria conjunta.
Uma última questão a ser considerada é: você pula a conversa fiada e vai direto ao ponto? Em vez de iniciar conversas com perguntas superficiais, como “e aí, tudo bem?”, é mais eficaz perguntar diretamente: “O que você mais gosta de fazer?”. Estudos publicados no Journal of Personality and Social Psychology mostram que conversas mais profundas criam maior conexão emocional, engajamento e satisfação, demonstrando que a profundidade das conversas importa mais do que sua duração.
A disposição de se abrir, ainda que com leveza, pode gerar vínculos mais fortes e reais.
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