JD Vance viaja em cenário de violência, após bombardeios em Gaza ceifarem 45 palestinos e troca de reféns impasse no acordo.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, realizou uma visita a Israel na terça-feira (21) com o objetivo de fortalecer o frágil cessar-fogo em Gaza. A visita ocorreu após declarações de Donald Trump, que ameaçou “erradicar” o Hamas, o grupo terrorista responsável pelo ataque a Israel em 7 de outubro. Steve Witkoff, enviado especial de Trump, e Jared Kushner, seu genro, também estavam presentes em Tel Aviv, onde se reuniram com reféns israelenses libertados pelo Hamas após dois anos de cativeiro.
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O Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou em suas redes sociais que, com a chegada de Vance, “juntos, a Terra Prometida e a Terra da Liberdade, podemos garantir um futuro melhor, incluindo a libertação dos 15 reféns restantes”. O vice-presidente se reunirá com Witkoff, Kushner e especialistas militares americanos que monitoram a trégua, além de líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na quarta-feira (22) em Jerusalém.
O encontro visa aprofundar as discussões sobre a implementação do cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro. O acordo inclui um roteiro ambicioso para o futuro de Gaza, mas sua execução enfrenta obstáculos significativos. O plano de 20 pontos de Trump propõe a retirada das forças israelenses além da “Linha Amarela”, dando a Israel o controle de aproximadamente metade do território, incluindo as fronteiras, mas não as principais cidades.
Após o ataque do Hamas que resultou em 1.221 mortos israelenses, a maioria civis, Israel lançou bombardeios que mataram 45 palestinos, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas. Posteriormente, Israel afirmou ter “renovado a aplicação” do cessar-fogo.
O Hamas devolveu 13 dos 28 corpos de reféns que deveria retornar a Israel até 13 de outubro, 72 horas após o início da trégua. O gabinete de Netanyahu insistiu que o Hamas deve entregar os restos mortais de todos os reféns para implementar o acordo. Khalil al-Hayya, principal negociador do Hamas, alertou que a destruição no território dificulta a busca pelos 15 corpos restantes.
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Analistas, como Mairav Zonszein do International Crisis Group (ICG), descrevem a situação como um “jogo de empurra-empurra”. Trump permite que Israel faça o que quiser, mas também quer manter o cessar-fogo. Netanyahu tenta equilibrar a busca pela paz com a retomada dos combates, bombardeando Gaza e condicionando a ajuda novamente.
O conflito começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.221 mortos israelenses, a maioria civis. A ofensiva israelense em represália já tirou 68.229 vidas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, que a ONU considera confiáveis.
Com informações da AFP
Publicado por Nícolas Robert
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